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Capital

Justiça decreta preventiva de “Pedreiro Assassino” por mais uma morte

Preso desde 15 de maio, o Cleber de Souza Carvalho, de 43 anos, é apontado como autor de sete assassinatos

Geisy Garnes | 10/06/2020 16:56
O corpo de Timotio foi o último a ser encontrado pela Polícia (Foto: Kisie Ainoã)
O corpo de Timotio foi o último a ser encontrado pela Polícia (Foto: Kisie Ainoã)

A justiça decretou a prisão preventiva de Cleber de Souza Carvalho, de 43 anos, em mais um dos sete assassinatos atribuídos a ele em Campo Grande. Desta vez, para manter o réu na cadeia, o juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal de Júri, considerou o depoimento em que o “Pedreiro Assassino” confessa a morte de Timotio Pontes Roman, de 62 anos – última vítima encontrada pela polícia.

Preso desde 15 de maio, o “Pedreiro Assassinato” é apontado como autor de sete assassinatos. Para cada um, foi aberto inquérito policial, por isso, ao fim das investigações da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio) serão sete processos diferentes na justiça.

A primeira investigação concluída e encaminhada para a 2ª Vara do Tribunal do Júri foi a morte do comerciante José Leonel Ferreira dos Santos, 61 anos, no dia 2 de maio. Foi a investigação sobre seu desaparecimento que levou a polícia até Cleber e a descoberta de outros seis corpos.

Timotio foi a última vítima resgatada pela polícia. Ele foi encontrado no dia 16 de maio, dentro de um poço nos fundos da própria casa, localizada na Rua Netuno, Vila Planalto. Em depoimento, Cleber contou que matou o idoso com duas pauladas na cabeça no dia 3 de maio.

O motivo, segundo ele, seria uma briga. Para a polícia, Cleber contou ter "saído de si" durante discussão por dívida que a vítima tinha com ele, no valor de R$ 18 mil, há pelo menos cinco anos. Diante da confissão, a delegacia especializada fez o pedido de decretação da prisão preventiva pelo assassinato de Timotio.

Após análise, o promotor Wilson Canci Junior se manifestou a favor da prisão. Ele considerou Cleber uma “pessoa de personalidade voltada ao crime” e por isso risco para a sociedade. “Estando em liberdade poderá atentar contra a vida de outras pessoas, de modo que a decretação de sua prisão é medida extremamente necessária”.

Na decisão, o juiz entendeu que o “crime investigado tem gravidade extremada” e está comprovado na própria confissão de Cleber. Desde o dia 26 de maio, o pedreiro está no Instituto Penal de Campo Grande.

Cleber está preso desde o dia 15 de maio (Foto: Kisie Ainoã )
Cleber está preso desde o dia 15 de maio (Foto: Kisie Ainoã )

Entenda – A série de assassinatos cometidos pelo pedreiro foi descoberta durante investigações sobre o desaparecimento do José Leonel Ferreira dos Santos, de 61 anos. Junto com a mulher e a filha, Roselaine Tavares Gonçalves e Yasmim Natacha Souza de Carvalho – de 40 e 19 anos – Cleber matou a vítima e se mudou para a casa dela.

Depois de saber da situação e não conseguir contato, a família de José Leonel procurou a polícia. Equipes da delegacia especializada foram ao endereço e encontraram o corpo do comerciante enterrado no quintal. Roselaine e Yasmim foram presas no dia 7 de maio por envolvimento do crime, Cleber só foi encontrado no dia 15.

Preso, o pedreiro confessou o assassinato do comerciante e ainda relevou outros seis homicídios. Em depoimento, contou os casos com riqueza de detalhes, levou os policiais aos locais em que ocultou todos os corpos e ajudou a escavar para retirada de ossadas.

José Leonel foi à última vítima de Cleber e é o primeiro caso a chegar à justiça. O comerciante foi assassinato com um golpe de barra de ferro na cabeça, na madrugada do dia 2 de maio, na Vila Nasser.

As outras vítimas, todas homens, foram identificadas como José Jesus de Souza, de 45 anos, Roberto Geraldo Clariano, 50 anos, Hélio Taíra, 74 anos, Flávio Pereira Cece, 34 anos, Claudionor Longo Xavier de 47 anos e o aposentado Timóteo Pontes Romã, de 62 anos.

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