Justiça mantém preso réu pelo assassinato ocorrido no começo do ano
Acusado responde pela morte de Wesley Julião, ferido a tiros no dia 14 de janeiro
Os desembargadores da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça negaram o pedido de liberdade a Eduardo dos Santos Silva, responsável pelo assassinato de Wesley Julião Barbosa Almeida. O suspeito e a esposa, Michele Queiroz, são apontados pela polícia como autores do crime que aconteceu em janeiro deste no Jardim Itamaracá, em Campo Grande.
Em novembro, a defesa de Eduardo enviou ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul o pedido de revogação da prisão preventiva do réu alegando que ele agiu em legítima defesa, pois efetuou os disparos após ver a vítima colocar a mão no cintura, simulando estar armado, e possuir residência e emprego fixos.
O desembargador Dorival Moreira dos Santos manteve a decisão do juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri e negou o pedido de liberdade. Para isso ele levou em consideração a extensa ficha criminal de Eduardo, que já tem condenações por receptação e homicídio culposo e também a gravidade do crime.
“Mostra-se necessária a manutenção da prisão preventiva quando verificados os pressupostos do artigo 312 do mesmo diploma legal, quais sejam: fumus comissi delicti (existência de prova da materialidade e indícios da autoria) e periculum in libertatis (para garantir a ordem pública e por conveniência da instrução criminal)”, escreveu o desembargador na decisão, publicada no Diário de Justiça desta quarta-feira (13).
O caso - Na dia 14 de janeiro, Wesley voltava do mercado com a esposa e o filho quando uma camionete Hilux, de cor prata, se aproximou e um dos ocupantes começou a atirar. Segundo testemunhas, dentro do carro havia um casal, e a mulher era quem incentivava o homem a continuar atirando contra a vítima. Na tentativa de fugir dos tiros, o rapaz correu e entrou em uma casa na Rua Joana Maria de Souza, onde já caiu morto.
Com as investigações, a polícia chegou a Eduardo como autor do crime e Michele como a condutora do veículo. O crime, segundo as investigações, teria acontecido depois do suspeito ser supostamente ameaçado de morte pela vítima.
A caminhonete e a arma usada do homicídio, um revólver calibre 38, pertenciam ao pai de Michele, o policial civil aposentado Salvador Pereira de Queiroz. Pai e filha respondem o processo em liberdade.