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Capital

Justiça ouve nesta terça-feira testemunhas contra assassino de Carla

Crime aconteceu há 70 dias, quando jovem de 25 anos foi atacada pelo vizinho na porta de casa

Marta Ferreira | 07/09/2020 16:55
O assassino confesso Marcos André, de vermelho, e a vítima, Carla Santana Magalhães. (Foto: Reprodução da internet)
O assassino confesso Marcos André, de vermelho, e a vítima, Carla Santana Magalhães. (Foto: Reprodução da internet)

Está marcada para esta terça-feira (8) a primeira audiência da ação criminal contra Marcos André Vilalba de Carvalho, de 21 anos, assassino confesso da jovem. O crime foi um dos que mais chamaram a atenção neste ano em Campo Grande, em razão da crueldade.

Carla foi atacada pelo vizinho na porta de casa, no Bairro Tiradentes, e morta na mesma noite, com golpes de faca no pescoço. O criminoso ficou com o corpo dela debaixo da cama por dois dias, trabalhou normalmente nesse período. Na sexta-feira (3 de julho), abandonou o cadáver de Carla na mesma esquina, na varanda de um bar.

Preso no dia 14 de julho, Marcos André responde pelo de crime de homicídio com quatro qualificadoras, entre elas o feminicídio. O entendimento do delegado Carlos Delano, da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Homicídios), onde se investigou o caso, foi de que houve desprezo à condição de mulher.

Essa acusação foi mantida tanto pelo promotor Douglas Olgergado dos Santos, ao apresentar a denúncia criminal, quando pelo juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Aluizo Pereira dos Santos, ao receber a peça e dar início à ação penal.

 As outras qualificadoras, que agravam o crime e tornam a possibilidade de pena maior, são motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.

Andamento – A audiência de hoje é para ouvir as testemunhas de acusação. São nove, entre parentes e amigos de Carla e policiais que trabalharam no caso.

Os depoimentos vão ser por videoconferência, em razão da pandemia de novo coronavírus. Depois dessa fase, vai ser marcada a audiência para ouvir defesa e também interrogar o réu.

Marcos André está no IPCG (Instituto Penal de Campo Grande), na ala separada para os criminosos sexuais.

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