Ladrões invadem cinco lojas em 15 dias em onda de furtos no Centro
Onda de arrombamentos e furtos deixa prejuízos e preocupa comerciantes no cruzamento das ruas Antônio Maria Coelho e Pedro Celestino, em Campo Grande. Em 15 dias, pelo menos cinco estabelecimentos foram invadidos. Poucas coisas foram levadas, mas grandes foram os danos causados pelos bandidos.
Na farmácia de Rosemilson José Rocha Ferreira, 50 anos, as câmeras de segurança flagraram a ação dos invasores na entre a noite de ontem e a madrugada desta terça-feira (26). De capacete, quebraram o cadeado da grade e forçaram a fechadura para entrar no local.
Violaram a gaveta onde ficam guardados os medicamentos controlados, possivelmente pensando que encontrariam dinheiro. Contrariados, deixaram o local e tentaram furtar a papelaria que fica em frente, de propriedade de Carlos Alberto de Freitas Pereira. Quebraram o sistema de monitoramento e as grades. Não encontraram objetos de valor e fugiram de mãos vazias.
“As câmeras e o alarme não inibem. Não levaram nada, mas o estrago que fizeram vai ficar caro. Ano passado invadiram aqui. Gastei, na época, R$ 300 para arrumar tudo”, conta Ferreira.
Para Carlos Alberto, o estrago foi maior, em torno de R$ 2 mil. Ele foi chamado pela empresa que faz a segurança do imóvel e foi até o local ainda de madrugada, quando levantou os danos.
“Eu tive que dormir no chão da loja com medo de entrarem de novo. Os ladrões vão nos estabelecimentos um a um. Onde tem comércio, eles vão entrando. É tipo um arrastão”, conta.
Somente em 2015, a loja já foi furtada outras três vezes. “Dá uma sensação de insegurança na gente, uma impotência”, explica.
Durante a noite de domingo para segunda, foi a vez da escola de idiomas da Aliança Francesa. A empresária de 32 anos que administra o lugar, e pediu para não ser identificada, conta que nada foi levado, mas os danos foram grandes. O portão, a porta e uma gaveta foram arrombados.
“O alarme soou e o pessoal da empresa de monitoramento me ligou. Nós estamos aguardando a perícia. É horrível. Nós acabamos responsáveis pelos pertences e pelas pessoas que estão aqui”, opina.
É a segunda vez que a instituição é alvo de bandidos. No último dia 11 o lugar foi arrombado. Os invasores levaram aparelhos eletrônicos e dinheiro. O prejuízo total foi estimado em R$ 15 mil.
No domingo, uma clínica de estética também foi invadida. Os suspeitos levaram uma televisão de 42 polegadas. A porta de vidro foi completamente estilhaçada e deve que ser provisoriamente substituída por um pedaço de madeira.
“O ladrão saiu com o aparelho, mas chegou a voltar para levar mais coisas. Sorte que o alarme da loja ao lado disparou por conta de problemas. Aqui nessa região não tem segurança nenhuma. Estamos colocando grade e câmeras para dificultar, porque impedir, não impede. Total sensação de impotência e revolta”, exclama.
Nos últimos dias uma loja de colchões também foi furtada. Os ladrões, segundo vizinhos, levaram computadores e eletrônicos. O local estava fechado nesta terça-feira.
É difícil encontrar um comerciante que não tenha sido vítima da ação de ladrões na região. Quando sabem que os vizinhos foram invadidos, os empresários ficam com medo de serem os próximos.
A loja de produtos naturais de Gisele Alves, 31 anos, foi furtada em setembro do ano passado. Além do dano na porta de vidro, o ladrão levou R$ 150 em dinheiro. “No mesmo dia ele entrou na clínica de ontologia que fica na Antônio Maria Coelho”, relata a comerciante. “São pequenos furtos, mas ninguém dá importância. Ele demorou um minuto para arrombar, pegar o dinheiro e sair”, conta.
Outro lado - O comandante da 5ª CIPM (Companhia Indepdendente de Polícia Militar), major Oeliton Figueiredo, disse que as rondas na região são programadas conforme a demanda de incidência.
Por isso, é importante que as vítimas registrem boletins de ocorrência para que a corporação tenha conhecimento das áreas mais problemáticas para organizar rondas preventivas.
Com relação à região citada na reportagem, o major prometeu encaminhar um policial para conversar com os comerciantes para ouvir às demandas.