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Capital

"Lei Seca" acaba e toque de recolher começará 22 horas por 15 dias

Decisão veio após 3 horas de reunião entre Defensoria Pública, prefeitura e entidades ligadas ao comércio, mediada pela Justiça

Ângela Kempfer e Ana Paula Chuva | 17/08/2020 17:32
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Imagem de drone da Rua 14 de Julho, durante o toque de recolher. (Foto: Gabriel Marchesi)

Foram necessárias mais de 3 horas de reunião para decidir quais medidas serão adotadas a partir de agora em Campo Grande, contra a disseminação do coronavírus. O encontro, mediado pela Justiça, serviu para avaliar os efeitos de 5 dias de "lei seca", que vigorou de quarta (12) até domingo (16).

Ao fim das discussões, ficou acertado que a restrição ao consumo de álcool em locais públicos cai em Campo Grande e o toque de recolher também diminui em 1 hora até 31 de agosto. A partir de amanhã, será de 22h à 5h.

Os dados sobre lotação de UTIs na Capital, na casa dos 80%, convenceram a Defensoria Pública e o Ministério Público sobre a possibilidade de flexibilizar as ações de isolamento social. Mas agora as reuniões serão semanais, para avaliar os dados com maior frequência e ir definindo regras conforme os riscos impostos pela covid-19 em Campo Grande.

A fiscalização para cumprimento do toque de recolher e para coibir embriaguez no trânsito segue até 31 de agosto com 34 equipes nas ruas. "Houve um consenso é há necessidade de equilibrar saúde, vida e economia", resumiu o procurador-geral do município, Alexandre Ávalo.

Desde hoje o consumo de bebida nos restaurantes, bares e lanchonetes já voltou a ser permitido, porque o decreto venceu no domingo. Mas existia a chance de prorrogação.

Secretário de Saúde apresenta números de Campo Grande durante reunião.
Secretário de Saúde apresenta números de Campo Grande durante reunião.

O defensor Fábio Rombi também saiu da reunião lembrando que são muitos setores envolvidos no debate e diretamente impactados pelas decisões, por isso o consenso.  "Na próxima segunda-feira, nova reunião reavaliará os números. Se piorar, voltarão medidas mais restritivas", avisou.

Titular da 32ª Promotoria de Justiça da Saúde Pública, Filomena Aparecida Depolito Fluminhan argumentou que os setores econômicos são "muito penalizados com as restrições", por isso apoia a flexibilização neste momento.

"Com essa garantia de que não faltarão UTIs e compromisso de ampliação em mais 20 leitos, acabamos concordando com a liberação da bebida alcoólica. Os resultados foram bons, por isso é possível flexibilizar", justificou.

Outro ponto que pesou na decisão foi o fato de Campo Grande ter deixado a zona de alto risco. Na semana passada a Capital passou de bandeira preta para bandeira vermelha no Programa Prosseguir.

Decreto com o novo horário do toque de recolher deve ser publicado ainda hoje, em edição extra do Diário Oficial do Município.




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