Lixão onde criança foi soterrada não tinha seguranças, afirmam catadores
O lixão da saída para Sidrolândia, em Campo Grande, onde um menino de 9 anos está sendo procurado, após ter sido soterrado pela montanha de lixo, está sem seguranças que impeçam a entrada de crianças, que é proibida. É o que informam trabalhadores que atuam no local.
O presidente da entidade que reúne os catadores de material reciclável do local, Daniel Arguelho, disse que o local está sem seguranças há mais de seis meses. Um outro catador, de 33 anos, que não quis se identificar, disse que são dois meses. Nesta tarde, a equipe do Campo Grande News* não encontrou ninguém na guarita do local.
Há divergências sobre quanto tempo já dura a falta de seguranças, mas os catadores são unânimes em dizer que, desde então, a presença de crianças, que já foi um sério problema, tem sido comum.
Hoje, segundo os trabalhadores disseram que havia 15 crianças, quando um caminhão despejou lixo, foi feita a compactação e uma parte da montanha de entulho caiu sobre o barranco onde estava o grupo.
A maioria das crianças escapou, mas dois meninos foram atingidos, entre eles Maikon Correia de Andrade, de 9 anos, que desapareceu.
Cerca de 15 homens, entre trabalhadores do lixão e militares do Corpo de Bombeiros trabalham nas buscas. Uma viatura do Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência), que tem um médico a postos, e policiais militares estão no lugar.
A busca, que começou manualmente, vai usar máquinas pesadas, para revolver o lixo e tentar encontrar a criança.
O Campo Grande News fez contato com a Financial, empresa que recolhe o lixo na cidade, onde ninguém atendeu aos telefones, e com a Prefeitura.
A informação da assessoria de imprensa é que a Prefeitura só vai se manifestar após receber informações do Corpo de Bombeiros e da Polícia sobre o que ocorreu no lixão.