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Capital

Lojas do Centro fecham as portas em paralisação contra reformas de Temer

Paulo Nonato de Souza e Elci Holsback | 28/04/2017 10:02
Lojistas da região central de Campo Grande decidiram baixas as portas com receio de invasões (Foto: Marcos Ermínio)
Lojistas da região central de Campo Grande decidiram baixas as portas com receio de invasões (Foto: Marcos Ermínio)

Vários lojistas do Centro de Campo Grande, que estavam apostando em mais um dia normal de trabalho nesta sexta-feira, 28, decidiram fechar suas portas por conta da greve geral em protesto contra as reformas da Previdência, trabalhista e terceirização propostas pelo governo Michel Temer.

Na Rua 14 de Julho, por exemplo, as lojas Damyller, Maube Jóias, Bumerang, Boticário e Anita foram as primeiras a baixarem as portas, seguidas por vários outros estabelecimentos. Das grandes redes, a Riachuelo até que tentou manter o atendimento normal, mas logo aderiu à decisão de baixar as portas. A Casas Bahia tem as portas semiabertas e funcionários fazem uma espécie de triagem de quem entra na loja.

Caracterizados de parlamentares, atores do grupo Maracangalha simularam assaltos para indicar que a reforma é um roubo contra a população (Foto: Marcos Ermínio)
Caracterizados de parlamentares, atores do grupo Maracangalha simularam assaltos para indicar que a reforma é um roubo contra a população (Foto: Marcos Ermínio)

“Estamos fechando as portas porque ouvimos boatos de que poderia haver invasões. Além disso, as lojas estão com funcionários a menos. São pessoas que não conseguiram chegar ao trabalho porque não tinha ônibus, e muitos aderiram ao movimento de greve”, explicou Milena Cunha, funcionaria da loja Crystore. “Nós também aderimos com autorização do nosso patrão”, ressaltou ela, apontando para bandeiras do movimento na frente da loja.

Em meio ao clima de protesto há espaço também para o humor. Caracterizados de parlamentares, integrantes do grupo teatral Maracangalha estão na Rua 14 de Julho simulando assaltos, até entrando em algumas lojas ainda abertas, para sinalizar que a reforma proposta pelo Governo Federal é um roubo contra o povo brasileiro.

Neste momento a região central de Campo Grande está interditada nos trechos da Avenida Afonso Pena com as ruas 13 de Maio e 14 de Julho. De acordo com líderes do movimento, a passeata de protesto vai subir a Rua 14 de Julho até a Cândido Mariano, voltar pela 13 de Maio e subir a Barão para depois entrar novamente na Afonso Pena e seguir no sentido Parque dos Poderes. A intenção é concentrar a manifestação em frente da Assembléia Legislativa.

O Campo Grande News apurou com a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação), que a manifestão reúne pessoas ligadas aos sindicatos da educação de Campo Grande, de Corumbá, Bandeirantes, Vicentina, Jateí, Miranda, Coxim, Bodoquena, Sonora, Bonito, Paranaíba e Aparecida do Taboado, dos servidores públicos federais e dos professores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).

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