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Capital

Mãe apanha da filha porque tentava ir à igreja na pandemia

A mulher não queria deixar a mãe sair por conta dos casos de covid-19 na Capital

Paula Maciulevicius Brasil e Bruna Marques | 11/03/2021 09:42
Mãe e filha foram levadas até a Delegacia da Mulher, na Casa da Mulher Brasileira. (Foto: Paulo Francis)
Mãe e filha foram levadas até a Delegacia da Mulher, na Casa da Mulher Brasileira. (Foto: Paulo Francis)

Uma mulher de 67 anos foi agredida pela própria filha de 48 anos porque tentava ir à igreja na pandemia. De máscara, a idosa disse que estava pronta para o culto e queria muito ir porque era um novo pastor. O caso aconteceu na noite da última segunda-feira, dia 8, no Bairro Jardim Presidente, em Campo Grande.

A filha veio de Corumbá e morava com os pais na Capital há dois anos para cuidá-los, porque os dois estavam com problemas de saúde. Segundo registrado pela polícia, a mulher passou a beber e a ficar muito agressiva.

"Nesse dia, ela havia bebido muito e a mãe se arrumou com máscara e tudo e falou que ia para a igreja. A filha disse que ela não ia e passou a segurar e a chacoalhar a mãe com força", descreve a delegada Sueli Araújo Lima Rocha.

Delegada Sueli explica que mulheres também podem responder pela Lei Maria da Penha. (Foto: Henrique Kawaminami)
Delegada Sueli explica que mulheres também podem responder pela Lei Maria da Penha. (Foto: Henrique Kawaminami)

Conforme relato da delegada, a mulher não queria deixar a mãe sair por conta dos casos de covid-19. O pai também se envolveu na história para defender a filha.

A mulher unhou a mãe e deixou cortes com sangramento. Foi a própria vítima que chamou a Polícia Militar e as duas foram encaminhadas à Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). Presa em flagrante por violência doméstica dolosa, a filha já passou por audiência de custódia e vai responder em liberdade.

Com a gravidade do caso, a delegada comenta que ficou espantada de ver uma filha fazer isso com a própria mãe. "Vale ressaltar que mulheres também podem responder pela Lei Maria da Penha, principalmente quando se verifica a violência de gênero diante da subordinação da mulher em relação à outra", explica Sueli.

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