Mais calma, sobrevivente ajuda a esclarecer duplo homicídio em novo depoimento
Conforme a Polícia Civil, inquérito deve ser concluído até a próxima sexta-feira; guarda municipal foi preso seis dias depois
Única sobrevivente do crime cometido pelo guarda municipal Valtenir Pereira da Silva, de 35 anos, a jovem Kamila Telis Bispo, amiga da professora Maxelline da Silva dos Santos, morta pelo ex no dia 29 de fevereiro, prestou novo depoimento à polícia. Desta vez, conforme a delegada responsável pelo caso, a testemunha e vítima apresentou informações que contribuíram para melhores esclarecimentos.
"Ela [a vítima] estava mais tranquila, até porque o rapaz foi preso e antes ela estava com muito medo. Além disso, quando ela foi ouvida pela primeira vez, estava sob efeito de remédios, tensa e hoje esclareceu algumas coisas que não tinham ficado muito claras", comentou a delegada Sueyli Araújo, da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).
O novo depoimento de Kamila foi prestado na segunda-feira (9), 10 dias após o crime. Além da amiga, Maxelline, o esposo de Kamila também foi baleado e não resistiu aos ferimentos. Na delegacia, testemunhas contaram que Valteir conversou com a ex-namorada Maxelline por quase meia hora, na tentativa de reatar o relacionamento. O diálogo, conforme o relato, inicialmente foi calmo, mas os dois começaram a se desentender quando a professora disse “eu não quero” ao convite do guarda municipal para os dois irem embora.
Kamila tentou acalmar os ânimos. Foi neste momento que o guarda municipal sacou a arma e atirou contra ela. Em seguida, o marido dela, Steferson Batista de Souza, de 32 anos, foi até a porta de casa para ver o que estava ocorrendo e também acabou baleado. Ele morreu antes mesmo da chegada do socorro.
Para a polícia, os depoimentos deixam claro o que ocorreu na noite do crime. O inquérito do duplo homicídio, inclusive, deve ser fechado até a próxima sexta-feira (13).