Sobrevivente diz que guarda culpava amigas por fim de relacionamento
A sobrevivente do atentado recebeu alta do hospital nesta quarta-feira (4) e por medo não informou onde está morando
Novas informações apuradas pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) apontam que o guarda municipal Valtenir Pereira da Silva, de 35 anos, culpava as amigas as ex-mulher, a professora Maxelline da Silva dos Santos, pelo fim do relacionamento. Para a investigação, esse foi o motivo para ele ter atirado também em Steferson Batista de Souza e Camila Telis Bispo.
Segundo a delegada Sueyli Araújo, Camila, a sobrevivente do atentado, recebeu alta da Santa Casa nesta quarta-feira, 4 de março, e já prestou depoimento. Ela teria lembrado a polícia que o guarda municipal culpava as amigas de Maxelline pelo fim o relacionamento. “Daí o seu ódio contra todos na data dos fatos”.
O guarda ainda teria ameaçado as amigas da professora. Por medo, Camila deixou o hospital e não informou seu nome endereço.
A Justiça de Campo Grande decretou a prisão preventiva do guarda municipal, foragido desde a noite do crime. Nas redes sociais de Valtenir Pereira, há textos em tom de despedida, mas a hipótese mais provável é que ainda esteja vivo, escondido. Novas testemunhas são ouvidas nesta tarde e o suspeito é procurado.
Mortes – Por volta das 23h de sábado (dia 29), Valtenir foi até uma casa no Jardim Noroeste, em Campo Grande, onde Maxelline participava de churrasco. No portão da residência, ele foi atendido por ela e Camila.
Durante discussão, o guarda atirou na cabeça de Maxelline. Camila saiu correndo, foi atingida nas costas e o marido dela, Steferson Batista de Souza, saiu da casa para ver o que estava acontecendo e foi baleado no tórax. Ele e Maxelline morreram a caminho do hospital.
