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Capital

‘Maníaco do Uno’ é flagrado fazendo contabilidade do tráfico na Máxima

Acusado que furtou 12 carros em 20 dias em 2011 foi flagrado com 92 papelotes de cocaína e sete cadernos com a contabilidade da venda de drogas dentro de sua cela no presídio de Segurança Máxima

Rafael Ribeiro | 09/02/2017 09:09
Silva em sua última prisão, em 2011: de furto de Unos a chefe do tráfico na Máxima (Foto: João Garrigó)
Silva em sua última prisão, em 2011: de furto de Unos a chefe do tráfico na Máxima (Foto: João Garrigó)

Conhecido por ser especialista em furtar carros do modelo Fiat Uno, com sete passagens na polícia por esse tipo de crime, Moacir Sanches da Silva, 28 anos, foi flagrado na tarde desta quarta-feira (8) com 92 papelotes de cocaína e sete cadernos contendo o que parece ser a contabilidade do tráfico de drogas em sua cela no Pavilhão 6 do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande.

Segundo a polícia, Silva chamou a atenção dos agentes enquanto ouvia música no celular com fones de ouvido. Ao entrarem na cela, o acusado dispensar os papelotes na privada e acabou flagrado.

Os cadernos com a suposta contabilidade estavam escondidos debaixo do colchão do acusado. O setor de inteligência da Agepen (Agência Estadual da Administração Penitenciária) avaliou que Silva mantinha o controle de pelo menos três anos do comércio de drogas no pavilhão onde estava preso.


Um inquérito foi aberto no Depac (delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da região central, onde o caso foi registrado, que investigará em conjunto com os agentes penitenciários qual a origem das drogas e como elas conseguem entrar no presídio. Também buscam identificar os usuários apontados no caderno.


Silva ficou conhecido no início da década como “Maníaco do Uno”, por roubar e furtar apenas carros do modelo Uno em Campo Grande usando uma micha e armado com uma pistola de brinquedo.


Na última que foi detido, em 2011, após ação da Derfv (Delegacia Especializada em Roubo e Furto de Veículos), ele tinha levado 12 carros do tipo em 20 dias. São ao menos cinco passagens por esse tipo de crime até sua condenação, em 2014. Antes, já tinha sido preso por roubo de pedestre e tráfico, demonstrando que tinha conhecimento para o cargo que ocupava dentro do presídio.


Na ocasião, justificou seus atos alegando ser “o único meio de vida que conhecia para ganhar grana.” “Eu ficava com um pouco do dinheiro e comprava droga com o resto. A gente não vive só de droga, a gente come, bebe, paga aluguel”, ironizou o presidiário.


Agora, Silva foi indiciado por tráfico de drogas qualificado e pode ter sua pena aumentada de dez para 18 anos, segundo o Código Penal.

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