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Capital

Manifesto por Scooby no Centro é tímido, apesar de alta adesão pela internet

Fabiano Arruda e Paula Maciulevicius | 14/07/2012 10:02
Presidente da ONG Abrigo dos Bichos pede mudança na política de saúde pública. (Foto: Minamar Junior)
Presidente da ONG Abrigo dos Bichos pede mudança na política de saúde pública. (Foto: Minamar Junior)

O manifesto pela vida do cão Scooby na manhã deste sábado no cruzamento da avenida Afonso Pena com a Rua 14 de Julho, região central de Campo Grande, foi tímido e teve baixa participação, embora a petição para que o animal não seja sacrificado já reúna 16,4 mil assinaturas na internet.

Por meio do Facebook, cerca de 200 pessoas chegaram a confirmar presença, mas, por lá, integrantes do Abrigo dos Bichos encabeçaram a movimentação.

Maria Lúcia Metello, presidente da ONG, destacou que o manifesto partiu da iniciativa popular, que mostrou revolta com a situação do Scooby.

Ela pediu que o ato sirva para evitar o sacrifício do vira-lata. “O Poder Público precisa repensar nas políticas de saúde pública. O mundo todo trata e só o Brasil mata”, comentou.

Metello admite que mudar a situação depende de um entendimento por parte do Ministério da Saúde. No entanto, ela defende que o prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), que se envolveu com o assunto durante a semana, seja o porta voz do debate.

Para Tayrone Moura, que se juntou nesta manhã ao movimento juntamente com o Abrigo dos Bichos, a leishmaniose tem tratamento e não é preciso submeter animais à eutanásia, procedimento padrão para cães diagnosticados com a doença.

“Cachorro é gente igual a gente”, afirmou Moura, que estava de muletas e fez questão de comparecer ao local para “ajudar o Scooby”.

Comoção - O cão ficou conhecido após ser amarrado em uma moto e arrastado até o CCZ (Centro de Controle de Zooonoses).

Scooby permanece no CCZ, para onde foi levado após sofrer as agressões. O dono alegou que o animal estava com sintomas de leishmaniose e que só o amarrou à moto para levar até o local porque havia chamado e o Centro não havia enviado equipe ao local.

Após a repercussão do caso, o prefeito anunciou o projeto para implantação de um pronto-socorro veterinário no CCZ.

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