Manifesto por Scooby no Centro é tímido, apesar de alta adesão pela internet
O manifesto pela vida do cão Scooby na manhã deste sábado no cruzamento da avenida Afonso Pena com a Rua 14 de Julho, região central de Campo Grande, foi tímido e teve baixa participação, embora a petição para que o animal não seja sacrificado já reúna 16,4 mil assinaturas na internet.
Por meio do Facebook, cerca de 200 pessoas chegaram a confirmar presença, mas, por lá, integrantes do Abrigo dos Bichos encabeçaram a movimentação.
Maria Lúcia Metello, presidente da ONG, destacou que o manifesto partiu da iniciativa popular, que mostrou revolta com a situação do Scooby.
Ela pediu que o ato sirva para evitar o sacrifício do vira-lata. “O Poder Público precisa repensar nas políticas de saúde pública. O mundo todo trata e só o Brasil mata”, comentou.
Metello admite que mudar a situação depende de um entendimento por parte do Ministério da Saúde. No entanto, ela defende que o prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), que se envolveu com o assunto durante a semana, seja o porta voz do debate.
Para Tayrone Moura, que se juntou nesta manhã ao movimento juntamente com o Abrigo dos Bichos, a leishmaniose tem tratamento e não é preciso submeter animais à eutanásia, procedimento padrão para cães diagnosticados com a doença.
“Cachorro é gente igual a gente”, afirmou Moura, que estava de muletas e fez questão de comparecer ao local para “ajudar o Scooby”.
Comoção - O cão ficou conhecido após ser amarrado em uma moto e arrastado até o CCZ (Centro de Controle de Zooonoses).
Scooby permanece no CCZ, para onde foi levado após sofrer as agressões. O dono alegou que o animal estava com sintomas de leishmaniose e que só o amarrou à moto para levar até o local porque havia chamado e o Centro não havia enviado equipe ao local.
Após a repercussão do caso, o prefeito anunciou o projeto para implantação de um pronto-socorro veterinário no CCZ.