Março tem crescimento antecipado de doenças respiratórias na Capital
Segundo superintendente da Sesau, no ano passado esse aumento ocorreu em abril
O mês de março apresenta um crescimento antecipado de casos de doenças respiratórias em Campo Grande, segundo falou hoje (27) a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) Veruska Lahdo. Ela deu entrevista durante a abertura da campanha de vacinação contra a gripe.
RESUMO
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O mês de março em Campo Grande registra um aumento antecipado de doenças respiratórias, segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Veruska Lahdo. A vacinação contra a gripe, que começou hoje, é crucial, especialmente para grupos prioritários como idosos e pessoas com comorbidades, que são os mais afetados. Até agora, 35 mortes foram registradas, com 8 causadas por covid-19. A vacina disponível protege contra H1N1, H3N2 e influenza B. Especialistas recomendam que sintomas leves em crianças sejam tratados em casa, mas febre persistente deve ser avaliada em unidades de saúde. O uso de máscara é incentivado para prevenir a transmissão.
"A gente vem numa crescente normal para o período [do outono], só que esse período até foi antecipado. O ano passado a gente teve o aumento de casos de vírus respiratórios começando em abril, mas gente iniciou essa crescida nos casos já agora em março. O Ministério da Saúde aponta outros estados também nessa crescente", disse.
Ela se refere aos classificados como leves. Quanto aos graves, chamados de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), não há crescimento comparando dados de janeiro a 22 de março deste ano e do ano passado.
São 35 até agora as mortes causadas pelos vírus que atacam o sistema respiratório, enquanto houve 63 casos no mesmo período de 2024. Veruska destaca que oito foram causadas pela covid-19 e três pelo vírus influenza. As demais, pelo adenovírus (1), rinovírus (1) ou outros não identificados ou não especificados (22).
A superintendente frisa que grupos com prioridade para se vacinar contra a gripe têm sido os mais afetados. A vacina disponível este ano protege contra H1N, H3N2 e influenza B.
"A grande maioria desses óbitos têm relação com o grupo prioritário: ou é muito idoso, ou é muito novinho, aquele extremo de idade ou pessoas que têm comorbidade. Então, não é por acaso que esse grupo foi escolhido pelo Ministério da Saúde como prioritário, e sim, porque os dados epidemiológicos mostram que eles têm o maior risco de agravamento pela doença", conclui.
Quem pertence aos grupos mais vulneráveis pode procurar qualquer unidade de saúde para se vacinar entre segunda e sexta-feira. Inicialmente, haverá plantão de vacinação aos sábados somente na USF (Unidade de Saúde da Família) Tiradentes.
Atenção às crianças - Pediatra que dirige o Pronto Atendimento Infantil da unidade Tiradentes, Marcos Vinícius explica que sintomas respiratórios leves em crianças podem ser tratados em casa. Se houver febre por mais de 24 horas, a orientação é procurar uma unidade de saúde.
"Nas crianças a gente vê muita coriza, obstrução nasal, tosse e espirro, são os principais sintomas das síndromes respiratórios. Vem a febre na sequência, pode vir dor de garganta, enfim. A gente tem orientado, ao começar os sintomas, o básico que é a lavagem nasal. Com 24 horas de febre, pelo menos, aí é bom procurar a unidade de saúde", diz.
Falta de ar, vômito e diarreia que não param são outros sinais de alerta e devem levar o paciente à unidade, complementa o médico.
O uso de máscara entre crianças e adultos que estão apresentando tosse, coriza e espirros é reforçado. "Às vezes a gente menospreza, mas essa é uma das coisas que a gente aprendeu com a covid", conclui.
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