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Capital

Médicos da Santa Casa discutem greve em protesto a atraso nos salários

Categoria diz que há salários em atrasos há seis meses; assessoria do hospital alega que houve atraso no repasses dos recursos

Silvia Frias | 19/06/2019 14:29
(Foto/Arquivo)
(Foto/Arquivo)

Médicos da Santa Casa vão discutir na segunda-feira (24), em assembleia, paralisação dos serviços, em protesto ao pagamento de salários que, segundo associação, estão atrasados há seis meses. Caso votem pela greve, apenas serviços de urgência e emergência serão mantidos.

O presidente da Amesc (Associação dos Médicos da Santa Casa), Luiz Gustavo Orlandi de Souza, explicou que médicos e cirurgiões-dentistas que compõem o corpo clínico participam da assembleia, a ser realizada no Sindicato dos Médicos.

Segundo ele, o atraso de salário não é linear e oscila conforme o tipo de contrato de cada profissional: regime celetista, pessoa jurídica, autônomo, etc. “É a mesma história de sempre, os médicos chegaram ao limite”.

Atualmente, são cerca de 1,2 mil médicos que prestam serviço na Santa Casa e a paralisação atingiria praticamente todos os setores, com exceção da urgência e emergência, que deve permanecer em funcionamento.

Além do indicativo de greve, a categoria também vai discutir problemas no atendimento, como falta de manutenção em equipamentos.

Recursos - a assessoria da Santa Casa alegou que o atraso de até seis meses atinge apenas empresas prestadoras de serviço, mas admite que os médicos estão com dois meses sem salário e, em junho, pagamento parcial da remuneração. Isso seria decorrente do atraso de recursos via Município.

A informação da assessoria é que o MPE (Ministério Público Federal) notificou a Secretaria Municipal de Saúde do repasse não cumprido: R$ 9,8 milhões em custeio do hospital e R$ 4 milhões da Unidade do Trauma. Segundo assessoria, foram repassados R$ 1 milhão, recurso que pagou 35% dos médicos.

A assessoria da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que o Município tem estudado maneiras para concretizar o repasse financeiro ao hospital para normalizar o pagamento e evitar o indicativo de greve. 

#atualizado às 16h17 para acréscimo de informações.

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