"Mesmo atirador que matou minha nora voltou para assassinar meu filho", diz mãe
Matheus Pompeu Dias, de 40 anos, morreu na manhã desta quinta-feira após ser atingido por vários disparos
A dona de casa Maria Lúcia Pompeu, mãe de Matheus Pompeu Dias, de 40 anos, executado na manhã desta quinta-feira (21) com vários tiros, afirma que o atirador que matou seu filho é o mesmo que assassinou a sua nora, Sônia Estela Flores dos Santos, em abril de 2020, no Jardim Noroeste, em Campo Grande. Na ocasião, Sônia foi morta por engano. Os tiros eram para Matheus, marido dela. Veja, abaixo, o vídeo.
Revoltada, Maria disse que desde a semana passada o atirador, que ainda não teve o nome divulgado, vem rondando a residência dela. “Hoje de manhã Matheus foi em minha casa para dar bom dia e saiu dizendo 'tchau, mãe'. Ele foi morto a caminho do trabalho”, relatou a mulher. A vítima deixou sete filhos.
Crime - Rixa na penitenciária motivou o assassinato, segundo relatos do atirador, preso em flagrante por policial do Choque à paisana que presenciou o crime. O caso aconteceu na Avenida Ana Rosa Castilho Ocampos, no Jardim Montevidéu, bairro localizado na saída para Cuiabá. Matheus morreu no local, dentro do Fiat Uno que dirigia.
Conforme o tenente-coronel Rigoberto Rocha, comandante do Batalhão de Choque, o assassino relatou que o desentendimento entre os dois começou na cadeia, quando cumpriam pena juntos. Mas não contou mais detalhes. Tanto Matheus quanto o autor têm extensa ficha criminal. O atirador tem passagens por três homicídios e tráfico de drogas. A vítima é fichada por homicídio e estupro de vulnerável. O nome do autor ainda não foi informado.
Por engano - No dia 2 abril do ano de 2020, Sônia Estela foi ferida a tiros por engano, no Jardim Noroeste. Os disparos eram para o marido dela, Matheus. Ela estava no carro da família, um Chevrolet Celta, ao lado do marido e com a filha de 4 meses no colo, quando foi ferida pelos disparos feitos por homens em uma motocicleta.
Os três suspeitos pelo crime foram levados a júri popular pela morte de Sônia, mas foram absolvidos do crime em novembro de 2021. Por maioria dos votos, os jurados desconsideraram a participação do trio na execução, mas condenaram dois deles por envolvimento com o PCC (Primeiro Comando da Capital).
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