Metade dos 2,8 mil quilômetros de asfalto precisa de recapeamento
Com a chegada das chuvas e uma já esperada “explosão” de buracos pelo perímetro urbano de Campo Grande, um dado oficial preocupa: metade dos 2.800 quilômetros de malha asfáltica pavimentada precisa de recapeamento.
Segundo o titular da Seintrha (Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Habitação), Semy Ferraz, por motivos orçamentários, o recurso ainda é manter as operações tapa-buracos, medida paliativa e que fica prejudicada neste período em que as águas regulam o ritmo de trabalho. Contudo, admite que não é a solução mais eficaz.
“O tapa-buraco confirma a ineficiência em fazer manutenção”, diz. A recomposição do asfalto não impede novas infiltrações.
Conforme dados da Prefeitura, até setembro deste ano foram gastos R$ 78 milhões, sendo R$ 41 milhões em serviço de tapa-buraco e aquisição de massa asfáltica. O restante, R$ 37 milhões, foi para revestimento primário com aquisição de cascalho. Campo Grande tem 1.500 quilômetros de vias não pavimentadas.
O serviço de tapa-buracos era executado por oito empresas. Agora, o total caiu para seis, com a saída de duas empresas que encerraram contrato após o prazo de cinco anos. O serviço é feito pela Enepav, JW, Selco, Walla, Pavitec e Gradual. Outras quatro fornecem massa asfáltica para a Prefeitura: Usimix, Anfer, Santa Cruz e Asfaltec.
Apesar da redução do número de empresas, que deve ser suprida com licitações já em curso, Semy Ferraz garante que não há nenhuma região da cidade “descoberta”, ou seja, sem o serviço.
De acordo com o secretário, a mudança no cenário depende da concretização do empréstimo de R$ 300 milhões do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), já aprovado pela Câmara Municipal neste ano. Do total, R$ 60 milhões vão para recapeamento e previsão de verbas no Orçamento do município.
A substituição do asfalto foi feita na avenida Bandeiras, que tem 2,6 quilômetros. Agora, o recapeamento é feito nos 2,7 quilômetros da Spipe Calarge. Porém, as outras vias seguem sentindo o reflexo das obras passageiras e do tempo chuvoso.
Em 18 de outubro, a primeira chuva forte abriu a temporada de buracos na avenida Guaicurus, na saída para São Paulo, e na Ernesto Geisel. Em agosto, a Prefeitura abriu licitação para recapear a Guaicurus.