Ministério Público pede ao TJ que delegado volte para a prisão
Obara pagou fiança de R$ 26,1 mil e desde 7 de agosto é monitorado por tornozeleira eletrônica
O restabelecimento da prisão preventiva do delegado Márcio Shiro Obara, alvo de operação Omertà foi pedido pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) à Justiça. Obara foi solto em 7 de agosto, após 50 dias atrás das grades. O delegado pagou fiança de R$ 26,1 mil e é monitorado por tornozeleira eletrônica.
Desde então, a promotoria tenta que ele volte para a prisão. No último dia 24, o Ministério Público entrou com pedido de agravo regimental, que tramita na 2ª Câmara Criminal do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).
A promotoria destaca que ele foi denunciado por corrupção passiva, obstrução de Justiça e lavagem de dinheiro. O pedido sustenta que a prisão de Obara é necessária para assegurar a ordem pública, por conveniência da instrução processual e para aplicação da lei penal.
“Posto que em liberdade pode atrapalhar e trazer prejuízos às investigações, além da possibilidade de reiteração criminosa , ainda que afastado das suas funções”.
O delegado foi solto em decisão da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, que entendeu que Obara não integra, nem mesmo em tese, uma das supostas organizações criminais.
Ele é acusado de esconder provas na apuração do assassinato de policial militar reformado e apontado como o destinatário de R$ 100 mil que seria pago por organização criminosa a um delegado.