Morre aos 56 anos, de AVC, a ativista LGBT Marcia Zen
"Saúde, mulheres, proteção aos animais". "Não há cura para o que não é doença". Não era só no camiseta que Marcia Zen carregava o ativismo, era no peito e nas ações. Aos 56 anos, Marcia Gomes de Moraes, morreu na tarde dessa sexta-feira (23), na Santa Casa de Campo Grande.
Márcia estava internada desde terça-feira (20), depois de ter tido um AVC (Acidente Vascular Cerebral). Amigo de militância e trabalho, Frank Rossate puxou as homenagens nas redes sociais e quem confirmou a notícia.
"Infelizmente. Perdi minha guerreira, amiga, parceira. Essa mulher tem uma história que merece ser homenageada em tanta coisa. Foi pioneira no futebol feminino, militante dos direitos humanos, abriu o primeiro bar LGBT da cidade, tem um carinho, um coração imenso", declarou.
Márcia completou 56 anos na semana passada. Com uma vida dedicada à militância, a ativista tinha um trabalho reconhecido à frente de diversas ONG's, atualmente estava na direção da Mescla (Movimento de Estudo de Sexualidade, Cultura, Liberdade e Ativismo de Mato Grosso do Sul).
Também foi empresária da noite LGBT com os bares Rharus e Zen Bilhar, ativista no movimento de AIDS e Direitos Humanos, pertenceu ao conselho municipal e estadual de saúde, além de ter sido coordenadora do Fórum dos Usuários do SUS do MS. Nacionalmente compôs a coordenação nacional da Articulação Nacional de Aids ( Anaids). Marcia disputou uma cadeira na Câmara dos Vereadores dentro do coletivo Bancada Cidadã, em 2020.
Nos esportes, Marcia se destacou como jogadora de futsal feminino, sendo campeã da Copa Morena em 1989.
Ainda não há informações sobre velório e sepultamento, porque Márcia vai doar os órgãos e o procedimento leva um período até que o corpo seja liberado.