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Capital

Morto pela PM, pistoleiro do PCC era filho de traficante internacional

Conhecido como “Pingo”, pai do "Camisa 10" já foi um dos brasileiros mais procurados pelo mundo

Ana Oshiro | 01/01/2021 11:49
Filho e pai trabalhavam para mesma facção criminosa (Foto: Arquivo Pessoal)
Filho e pai trabalhavam para mesma facção criminosa (Foto: Arquivo Pessoal)

Jardel Angelo Wink Soligo, de 37 anos, conhecido como "Camisa 10", morto ontem (31) em confronto com policiais do Batalhão de Choque da PM (Polícia Militar), é filho de Irineu Domingos Soligo, traficante internacional que já foi um dos brasileiros mais procurados pela Interpol (Polícia Internacional). Conhecido como "Pingo", Irineu está preso no Rio Grande do Sul.

Irineu foi capturado em uma fazenda na região de Pedro Juan Caballero durante operação da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas), em 2010. No mesmo local a polícia apreendeu armas, além de R$ 51 mil, US$ 10 mil e 12 mil euros. "Pingo" montou um império criminoso no Paraguai, adquiriu fazendas na região de fronteira e, além de fornecer, produzia droga para uma facção criminosa.

"Pingo" foi preso em 2010, em uma fazenda no Paraguai (Foto: Arquivo/Diário Gaúcho)
"Pingo" foi preso em 2010, em uma fazenda no Paraguai (Foto: Arquivo/Diário Gaúcho)

Ele foi condenado duas vezes no Brasil por narcotráfico, sendo uma condenação de 15 anos e outra de 26 anos de prisão. De acordo com a Polícia Federal, o traficante é um dos últimos remanescentes da quadrilha de Nei Machado, sócio de Fernandinho Beira-Mar. "Pingo" também era um dos principais fornecedores de maconha e cocaína para o Rio Grande do Sul.

Filho de peixe, peixinho é. Jardel também fazia parte do tráfico e era considerado um dos principais pistoleiros da mesma facção criminosa que o pai. Suspeito de cometer quatro execuções no último mês, "Camisa 10" estava foragido pela morte de Marlon Ricardo da Silva Diarte, assassinado a tiros no Indubrasil no dia 8 de dezembro de 2020.

Segundo informações da polícia, Jardel recebia ordens de dentro da cadeia, para executar os internos na saída do presídio e gameleira quando eles ganhavam liberdade. Ainda conforme os policiais, Jardel era responsável por outras execuções realizadas nos últimos meses.

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