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Capital

Mototaxistas e taxistas se únem para reclamar de concorrência do Uber

Paulo Nonato de Souza e Alberto Dias | 07/02/2017 16:43
Mototaxista em rua da Capital; categoria quer melhorias para enfrentar mais concorrência (Foto: André Bittar)
Mototaxista em rua da Capital; categoria quer melhorias para enfrentar mais concorrência (Foto: André Bittar)

Reunidos na tarde desta terça-feira (7) com o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), representantes do Sindicato dos Mototaxistas e da Coopertaxi (Cooperativa dos Taxistas) voltaram a reclamar da concorrência do Uber, empresa multinacional de economia compartilhada que atua no transporte de passageiros na Capital.

No encontro, os mototaxistas alegaram que tiveram o movimento reduzido em 60% a 70% desde que o sistema Uber começou a operar em Campo Grande, há cinco meses. Já a Cooperataxi alegou que a redução no setor foi de 45%. Juntos, os dois sindicatos pediram providências ao prefeito por mais igualdade na prestação do serviço.

“O Uber é um tipo de serviço que não pode ficar na clandestinidade, mas é bom lembrar que todas as cidades do país que entraram com ação na Justiça para barrar o Uber não tiveram sucesso, todas perderam”, disse Marquinhos Trad, durante a reunião realizada em seu Gabinete, acompanhado do diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Janine de Lima Bruno.

Reunião na tarde desta terça com o prefeito uniu taxistas e mototaxistas (Foto: Alberto Dias)
Reunião na tarde desta terça com o prefeito uniu taxistas e mototaxistas (Foto: Alberto Dias)

Marquinhos admitiu que a operação do serviço de taxi Uber em Campo Grande terá que ser regulamentada por meio de decreto, que deve constar seguro obrigatório, identificação dos veículos por questão de segurança dos passageiros e Centro de Atendimento ao Passageiro, na Capital, e não em outro estado.

Motocímetro – O Sindicato dos Mototaxistas aproveitou o encontro e solicitou ao prefeito a regulamentação do sistema de motocímetro nas motos que operam no transporte de passageiros da Capital, como forma de melhorar e equiparar o serviço oferecido aos taxi normais e Uber.
A proposta do setor já se arrasta desde 2015, mas até agora não foi regulamentada pela prefeitura. Além de motocímetro, que terá a função de oferecer corridas com base em preços de tabela, como acontece nos serviços de taxis e Uber, o sindicato propõe a criação de um aplicativo para que os passageiros possam chamar o serviço pelo celular.

Segundo Marquinhos Trad, todas as reivindicações serão encaminhadas para a PGM (Procuradoria Geral do Município), e uma nova reunião com os representantes do Sindicato dos Mototaxistas e da Coopertaxi com já está agendada para a próxima segunda-feira, às 8 horas.

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