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Capital

MPMS é contra liberdade de mulher que matou idosa por dívida de R$ 1 mil

Pâmela está presa desde 25 de fevereiro, quando confessou à polícia ter agredido Dirce Santoro até à morte

Geisy Garnes | 28/02/2019 18:15
Pâmela está presa desde segunda-feira (25) (Foto: Reprodução Facebook)
Pâmela está presa desde segunda-feira (25) (Foto: Reprodução Facebook)

O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) se manifestou contra o pedido de liberdade feito ao juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri pela defesa de Pâmela Ortiz de Carvalho, de 36 anos, assassina confessa da idosa Dirce Santoro Guimarães Lima, 79 anos.

Pâmela foi presa em flagrante na segunda-feira, dia 25, e teve a prisão preventiva decretada em audiência de custódia. Com isso, a defesa da mulher entrou com o pedido de liberdade, medidas cautelares a prisão e até a prisão domiciliar, para que ela consiga cuidar dos quatro filhos, já que ainda são menores de idade e um deles é portador de hidrocefalia.

Em resposta ao pedido, a promotora Lívia Carla Guadanhim Bariani alegou que os documentos enviados pela defesa são insuficientes para provar a necessidade dos cuidados por parte de Pâmela as crianças, que hoje estão com os avós.

Segundo o MPMS, os laudos anexados ao processo são de 2016 e não comprovam completamente a versão dada pela defesa. “Não vislumbra-se no feito indicativos de quais são os cuidados diários atuais que o menor despende, nem se o menor passou por necessidades durante esse tempo”.

A promotora alega ainda que o crime cometido por Pâmela foi “grave e de grande repercussão” e que sua prisão garante que ela não volte a praticar novos crimes, já que é dono de uma longa ficha criminal com casos como lesão corporal, injúria, dano, ameaça e estelionato e peculato.

O Ministério Público ainda defende que as medidas cautelares, como a prisão domiciliar, pode levar Pâmela a forjar provas, destruir ou ocultar elementos que possam servir de base a uma possível condenação. “Dessa forma, é impossível a revogação da prisão preventiva, a aplicação de medidas cautelares diversas à prisão ou, ainda, a substituição da prisão preventiva de Pâmela Ortiz de Carvalho por domiciliar”.

Além do pedido de liberdade, a defesa de Pâmela solicitou ao juiz a transferência dela do Presídio Feminino Irmã Irma Zorzi, em Campo Grande, alegando que a cliente está sendo ameaçada por outras internas. Ainda não há resposta para o pedido.

Entenda - Pâmela está presa desde 25 de fevereiro, quando confessou à polícia ter agredido a idosa até à morte. O corpo de Dirce foi encontrado nos fundos da fábrica do Indubrasil, região oeste da cidade, coberto de lixo.

Pâmela alegou que usou cartões da idosa para fazer compras em lojas de departamento da Capital e no dia do crime acabou discutindo com ela por conta da dívida, de aproximadamente R$ 1 mil. Durante a briga Dirce tentou sair do carro em movimento, mas caiu.

Nervosa, Pâmela também desceu do veículo, segurou a idosa pelo cabelo e bateu a cabeça dela várias vezes contra o meio-fio. Ela não só detalhou o assassinato, como afirmou que ao perceber o que tinha feito, arrastou o corpo para debaixo de uma árvore para tirar a vítima do sol.

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