Mudança na coordenação de perícia atrasa reconstituição da morte de major
A reconstituição da morte do major da PM (Polícia Militar) Valdeni Lopes Nogueira, 47 anos, baleado pela esposa, a tenente-coronel Itamara Romeiro Nogueira, 40, continua sem data para ser realizada.
Em recente entrevista ao Campo Grande News o delegado que cuida do caso, Cláudio Zotto, da 7ª Delegacia de Polícia, disse que a ação devia ser realizada no início deste mês, contudo, a coordenadoria de perícia do Estado mudou o que emperrou o procedimento. “Aguardamos o novo diretor do Instituto de Criminalística assumir o cargo para que a data seja marcada”, explica.
Caso – O casal estava discutindo quando por volta das 16h30 do dia 12 de julho, a mulher teria efetuado ao menos dois disparos contra o marido, na residência do casal. Com a chegada da PM, Itamara teria se trancado na residência e se negado a entregar a arma, mas confessou o crime.
O advogado da tenente-coronel, José Roberto da Rosa, vem afirmando que Itamara foi vítima de violência doméstica, que já ocorria há tempos. Naquela tarde, agredida com socos e tapas, ela teria sido ameaçada de morte pelo marido e agiu em legítima defesa.
Mas, familiares da vítima contestam. Valdeci Alves Nogueira, 49, o irmão de Valdeci, afirma que por ser profissional da área de segurança, Itamara conhecia a arma e a munição que utilizou para matar o marido. “Ela sabia que não precisava de muitos tiros e que com um tiro naquela região do corpo ele iria morrer”, acredita.
A hipótese de que o crime teria sido premeditado também foi levantada pelo MPE (Ministério Público Estadual).
Depois de ganhar a liberdade no dia 19 de julho, a oficial não voltou ainda ao trabalho porque está de férias.