Mulher deixa filha de 4 meses na casa de amigo e some para usar drogas
Mulher foi encontrada horas depois e PM foi acionada pelo amigo quando ela se recusou a pegar a filha
Uma mulher deixou a filha, de 4 meses de idade, aos cuidados de um amigo para usar drogas, no Bairro Aero Rancho. O caso foi descoberto depois que o homem percebeu que a mulher não voltava e tentou entregar a bebê, mas ela se recusou a pegar, por ainda estar no consumo.
A PM (Polícia Militar) foi acionada para a ocorrência por volta das 6h30. O eletricista Daniel dos Santos, 51 anos, morador do Aero Rancho, diz que conhece a jovem e a mãe dela há anos e, por isso, ela sempre recorria a ele para pedir ajuda.
A jovem é usuária de drogas, entregava o bebê para que o eletricista cuidasse, dizendo que tinha medo de deixar com o pai da menina, pois ele poderia abusar sexualmente da filha.
Nos fundos da casa do eletricista mora a sobrinha, que teve filho recentemente e está amamentando, o auxiliava a cuidar da bebê, alimentando-a e dando banho. Ontem, a jovem usuária de drogas apareceu com a criança na casa de Santos, por volta das 23h, e pediu que ele ficasse com a criança.
O eletricista conta que pegou no sono e acordou às 4h, assustado, ao perceber que a jovem não tinha voltado ainda. A sobrinha o avisou que a bebê havia acordado. A criança foi amamentada e, depois disso, por volta das 6h30, Santos foi até a praça do bairro em busca da mãe, pois precisava sair para trabalhar.
Na praça, localizada na Rua Tokuei Nakao, esquina com a Plínio Mendes, Santos encontrou a mulher, mas ela se recusou a pegar a criança, pois ainda estava usando drogas. Duas vizinhas viram a cena e perguntaram o que estava acontecendo. Ele contou a história e as mulheres o aconselharam a chamar a PM (Polícia Militar).
A equipe da PM foi até o local e encontrou a mulher sob efeito de droga. O Conselho Tutelar Sul foi acionado e o conselheiro Marcelo Marques foi ao loal. O bebê foi levado incialmente para a DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) e, posteriormente, para a UAI Bebê (Unidade de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes).
A mulher foi detida e reagiu, gritando e chutando a viatura. Os militares imobilizaram as pernas dela.
A conselheira Raquel Lázaro, da área sul, foi até a praça para auxiliar na apuração do caso. Ao Campo Grande News, disse que, provavelmente, a mulher não deve ser indicada por abandono de incapaz, já que ela deixou a bebê com pessoa de confiança. Segundo Raquel, o indiciamento provável pode ser de negligência ou por ter entregado a criança a terceiros sem autorização judicial.