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Capital

Mulher que ficou 4 dias com bebê morto na barriga já está em casa

"Eu achei, sinceramente, que ia falecer. Eu sofri muito ali. É um descaso com a saúde do cidadão”, desabafou

Viviane Oliveira | 09/01/2022 11:16
Natália quando ainda estava no hospital aguardado para retirada do bebê. (Foto: Reprodução/Vídeo)
Natália quando ainda estava no hospital aguardado para retirada do bebê. (Foto: Reprodução/Vídeo)

A confeiteira Natália Borges do Prado, 33 anos, que esperou 4 dias para retirar bebê morto da barriga no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) Rosa Pedrossian, já está em casa com a família. Ela contou que após a notícia ser divulgada na imprensa, ainda passou por mais procedimentos de indução. O bebê foi expelido de forma natural neste sábado (8).

Natália ficou 4 dias internada aguardando a retirada do bebê, que morreu na barriga. Segundo a gestante, a equipe médica fez vários procedimentos de indução com medicamento para retirar o feto de forma natural, mas seu organismo não respondia, o que causou desespero na paciente. Ela questionava o fato de o hospital se negar a fazer a cesárea para retirada do bebê. Em vídeo encaminhado à reportagem, Natália descreveu a situação como de “muita dor, muito sofrimento”.

“O parto foi natural mesmo. Eles não tomaram nenhuma providência. Depois que a matéria foi ao ar, falaram que iam fazer mais uma indução e se não desse certo, iriam fazer a cesárea, mas não fizeram e acabaram fazendo mais procedimentos em mim. Eu achei, sinceramente, que ia falecer. Eu sofri muito ali, misericórdia. Eu nunca tinha passado por isso. É um descaso com a saúde do cidadão”, disse.

Em nota oficial à imprensa, o Hospital Regional afirmou que em casos de gestação de alto risco, como da paciente Natália, para decidir sobre uma cesariana, é levado em conta a vida pós-parto da mãe, a possibilidade de ter novos filhos e a condição do útero para suportar uma nova gestação.

“Em situação de aborto retido, o procedimento é feito em etapas e tem um prazo limite para a indução, que é discutido caso a caso. Se o feto continuar no ventre após o prazo, o médico informa as pacientes da necessidade de uma cesariana. A partir daí, deve ser agendado o procedimento em tempo oportuno, considerando as emergências”, detalhou a nota.

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