Mutirão prevê concluir 40 casas no Bom Retiro até o aniversário da Capital
Governador e prefeito inspecionaram obras e participaram nesta quarta-feira da entrega de materiais para as construções; expectativa é de entregar 328 moradias em até seis meses
Foram entregues na tarde desta quarta-feira (6) no Bom Retiro –região da Vila Nasser, em Campo Grande– materiais de construção que serão usados na construção de 40 das 136 residências construídas no local, em regime de mutirão, para abrigar moradores que há quatro anos foram removidos da Cidade de Deus e vivem em barracos ou construções inacabadas. O repasse do Estado totaliza R$ 4,9 milhões em insumos para as casas em todas essas comunidades.
A expectativa é de que essas primeiras habitações sejam entregues aos moradores até o aniversário de Campo Grande, em 26 de agosto, e em seis meses todos os quatro projetos pela cidade sejam concluídos.
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e o prefeito Marquinhos Trad (PSD) participaram da vistoria técnica e da entrega dos materiais –como areia, cimento, tijolo, pedra e outros itens de infraestrutura. O Bom Retiro é um dos quatro locais de Campo Grande nos quais ex-moradores da favela aguardam em moradias precárias a conclusão das construções. Também há famílias no Jardim Canguru, Residencial José Teruel e Vespasiano Martins (no sul da Capital).
Em todos os casos, as obras ocorrem em regime de mutirão. Das cerca de 330 famílias, 136 já foram capacidades em áreas de construção civil (alvenaria, marcenaria, encanador, eletricista e outras) por meio da Funsat (Fundação Social do Trabalho) da prefeitura da Capital.
“Trata-se de um modelo de construção inovador porque consegue o resultado aliado à capacitação dessas pessoas, que poderá repercutir de forma muito positiva no futuro delas”, destacou Reinaldo, ao destacar que os materiais entregues “são de primeira qualidade e vão ajudar a devolver a dignidade para centenas de famílias”.
Parceria – O discurso do governador foi replicado por Letícia Magalhães, 33, segundo quem a construção “representa a realização de um sonho”. Ela vive com o companheiro em um barraco no Bom Retiro e já faz planos para que, com a conclusão da casa, montará um salão de beleza.
Marquinhos Trad, por sua vez, destacou que o evento “representa a devolução à população do pagamento de impostos”, e que a ação envolve uma parceria entre governo do Estado e prefeitura, uma vez que “sempre que batemos na porta do governo federal ela estava fechada”.
O prefeito ainda reforçou que o Vespasiano Martins deve ser o último local da Capital a ter as obras concluídas, por conta da complexidade do terreno no qual as famílias foram assentadas –alvo de constantes alagamentos, o que já resultou na condenação das construções já realizadas.
“Iniciamos lá as bases de concreto em alguns pontos, mas o trabalho será demorado, mesmo com o esquema de mutirão”, destacou o prefeito.
Todas as casas terão 46,07 metros quadrados de área construída, sendo divididas em sala, dois quartos, cozinha, banheiro e área externa. Além das 136 casas previstas no Bom Retiro, serão construídas 42 no Canguru, 98 no José Teruel e 52 no Vespasiano Martins.