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Capital

Name é atendido após bilhete a juiz, mas ex-guarda tem negada vinda a MS

Juiz aceitou a declaração de próprio punho e autorizou o julgamento por meio de transmissão ao vivo

Por Anahi Zurutuza | 28/06/2024 12:21
Declaralção escrita por Jamil Name Filho a pedido de juiz (Foto: Reprodução)
Declaralção escrita por Jamil Name Filho a pedido de juiz (Foto: Reprodução)

“Desejo permanecer em Mossoró”. Condição imposta para permitir que seja julgado pelo assassinato de Marcel Costa Hernandes Colombo, 31 anos, à distância, Jamil Name Filho enviou ao juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri bilhete escrito à mão dizendo que “mesmo com a possibilidade de problemas técnicos”, prefere acompanhar as sessões por videoconferência e não ser trazido, sob escolta, para o plenário do Tribunal do Júri em Campo Grande (MS).

Jamilzinho foi levado para a Penitenciária Federal de Mossoró, no interior do Rio Grande do Norte, em 2019 e só pisou em solo sul-mato-grossense desde então, em julho do ano passado, quando foi julgado e condenado pela execução de Matheus Coutinho Xavier, 19 anos, fuzilado por engano.

O magistrado aceitou a declaração de próprio punho e autorizou o julgamento por meio de transmissão ao vivo. Na mesma decisão, negou pedido da defesa de Marcelo Rios, o ex-guarda civil, também réu pela morte de Marcel Colombo, o “Playboy da Mansão”, para ser trazido à Capital.

O juiz já havia justificado em decisão anterior que o mesmo tratamento tem de ser dados aos dois réus. Rios também está em Mossoró (RN).

Pereira dos Santos aceitou pedido da defesa de Name Filho justificando que não há necessidade de expor o acusado a humilhações, seja no transporte do Presídio Federal de Mossoró (RN), no caminho até o Fórum de Campo Grande, ou no plenário do Tribunal do Júri. “O pedido calha com outro direito constitucional relacionado a não se expor à especulação pública sentado no banco dos réus por vários dias ladeado por forte aparato policial, o que ocorreu no outro julgamento recém realizado, fitado naturalmente por lentes da mídia”.

No primeiro julgamento de acusação derivada da Operação Omertà, a “briga” foi para que Jamilzinho participasse presencialmente da sessão. Agora, para o segundo julgamento, a disputa foi oposta.

O júri pela execução do “Playboy da Mansão” foi agendado para os dias 16, 17, 18 e 19 de setembro. Marcel Colombo foi executado à queima-roupa em um bar de Campo Grande, na madrugada de 18 de outubro de 2018.

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