Nem semáforos em rotatórias resolvem tumulto e moradores pedem viadutos
Volta para casa é um problema para motoristas impacientes
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Falta de educação e paciência são reações facilmente observadas no trânsito da Capital, que em muitos pontos e horários enfrenta congestionamento, inclusive, em rotatórias, teoricamente criadas para melhorar o fluxo. Como isso não surtiu efeito, Campo Grande partiu para outra estratégia e implantou semáforos nas principais rotatórias da cidade, mesmo assim, tumulto, buzinaços e xingamentos são comuns.
A iniciativa de implantar semáforos acompanha estudos de engenharia que atestam mais segurança e fluidez no trânsito.
Na rotatória da Avenida Joaquim Murtinho com a Avenida Eduardo Elias Zahran e Rua Ceará, também existe um fluxo maior. Além de escola e faculdade, a área tem muito movimento de empresas e quem sofre são os pedestres.
A cozinheira Elizete Neres, 51 anos, ressalta que os sensores de pedestre na rotatória estão estragados. "Para que o problema seja resolvido Campo Grande precisa de viadutos, a cidade vem crescendo muito. Todo cuidado é pouco ao atravessar a rotatória", disse.
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Na rotatória da Avenida Mato Grosso com a Via Park, a implantação da sinalização ajudou a diminuir o congestionamento, mas mesmo assim alguns condutores ficam perdidos, principalmente no horário de pico. Equipe do Campo Grande News foi até o local às 17h, horário que muitas pessoas estão voltando para casa.
A farmacêutica Maria Mariane Lopes, 36 anos, revelou que o congestionamento maior vem da região do Parque dos Poderes. "O fluxo que vem de lá é enorme, esse é meu caminho há mais de 10 anos e sem semáforo era quase impossível sair daqui. Sem falar nos condutores que não respeitam a preferencial e nem o sinal vermelho. Não basta apenas semáforos e sim respeito no trânsito", disse.
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Com semáforo ou não, problemas em rotatórias incluem falta de respeito e de paciência. Steffynn Hang, de 24 anos, trabalha em um mercado próximo à rotatória da Avenida Interlagos com a Rua Spipe Calarge e revela a imprudência no trânsito: “O pessoal é meio imprudente aqui, são impacientes, tem gente que até vai devagar, mas muita buzina. Era bom colocar um sinal mesmo. Pego horário de pico na hora que venho, lá pra 13 horas, aí complica”.
O gerente do Focas Beer, Vilson Benites, 64 anos, revela que a pressa dos motoristas é o maior problema. “O que eu percebo é que até não tem muito acidente, mas o tumulto e espera da pessoa passar pela rotatória é muito grande. Geralmente, das 6 às 8h, 12 até 13h e das 17h às 18h30. A pessoa não entende a rotatória. Acho que um semáforo vai ajudar, facilitar o trânsito”.
A motociclista Elinaura do Nascimento Barbosa, de 50 anos, nota a falta de educação no trânsito. “Aqui a gente não tem preferencial, às vezes, estamos dentro da rotatória e os carros invadem. Já quase fui atropelada duas vezes, já vi muitos acidentes e tinha dado uma ideia de colocar um quebra-molas para diminuir a velocidade. Esses dias acidentaram um senhorzinho que era guarda na galeria".
Na opinião dela, um semáforo ajudaria. "Se colocassem igual é ali na Coca-Cola seria bom. Na hora do almoço e final de tarde, é complicado. Esses dias, uma mulher quase bateu em mim também. Entrou de uma vez e eu estava na rotatória. Ela se desculpou, mas assim que saí dessa situação um cara veio e quase bateu também. Desculpas não resolvem, tem que respeitar o trânsito”, finalizou.
A Agetran (Agência Municipal de Trânsito) informou que: "Campo Grande tem uma frota de 635 mil veículos de acordo com o Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul) e melhorias são realizadas constantemente na Capital.