“Nunca tive a intenção”, diz réu por matar esposa com 4 facadas
Thiago Echeverria Ribeiro, 38 anos, alegou que vítima o puxou para o sofá e acabou sendo ferida
Réu por matar a esposa com 4 facadas, Thiago Echeverria Ribeiro, 38 anos, alegou para o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida que tudo não passou de uma fatalidade e que Dayane Xavier da Silva se feriu durante uma luta corporal entre os dois. O crime aconteceu na noite do dia 22 de março deste ano, no Bairro Nova Campo Grande, na Capital. O autor passou por julgamento nesta terça-feira (6).
Em depoimento, Thiago contou que estava com Dayane, uma amiga do casal e uma das filhas em conveniência na região. Os três teriam consumido 48 garrafas de cerveja. Em certo momento, eles foram para a casa da mulher e a vítima o chamou para ir em um pagode. O homem disse que não iria porque teria que sair para trabalhar na madrugada daquele dia.
“Respondi numa boa e falei que se ela quisesse viver uma vida de solteira, eu iria embora. Comecei a pegar minhas coisas e ela então foi para cozinha. Um tempo depois voltou dizendo que eu não ia viver solteiro e veio para cima de mim”, detalhou o acusado.
Na sequência, ele relatou que a mulher pegou uma faca e ele conseguiu tomar dela. Neste momento, ele a empurrou e ela foi ferida na coxa esquerda. Em seguida, Thiago afirma que foi puxado pela vítima para o sofá e novamente ela acabou sendo atingida.
“Tirei a faca da mão dela. Eu não dei o golpe. Eu afastei a faca pra baixo da cintura, fiquei de cabeça baixa e a empurrei duas vezes, não sei se a faca atingiu a perna dela e depois ela me puxou pra cima dela no sofá. Senti ela empurrando meu peito, parou de me agredir e disse que tinha sido ferida, depois ela saiu correndo para fora”, afirmou Thiago.
De acordo com o relato do homem ao juiz, foi ele quem pediu para os familiares acionarem a polícia para que ele se entregasse. Chorando, ele conta que a delegada que atendeu a ocorrência chegou e informou que tentaram reanimar Dayane por 40 minutos, mas ela não resistiu.
“Foi uma tragédia. Nunca tive a intenção de matar ela. Fiquei desnorteado e sai correndo pelo bairro. Tinha uma convivência inexplicável, era minha companheira. Não tem porque eu fazer isso”, alegou o réu em depoimento que durou 40 minutos.
O julgamento aconteceu na manhã desta terça-feira. O Conselho de Sentença reconheceu a materialidade e a autoria do delito assim como as qualificadoras de motivo fútil e feminicídio, com isso, Garcete o sentenciou a 21 anos e quatro meses de prisão em regime fechado.
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