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Capital

Obra na Euler avança 2018 e continua sendo foco de queixa de vizinhos

Duplicação começou em julho de 2016 com a expectativa de término em um ano

Mayara Bueno e Bruna Kaspary | 03/01/2018 14:00
Obra na Euler de Azevedo, em Campo Grande.
(Foto: André Bittar).
Obra na Euler de Azevedo, em Campo Grande. (Foto: André Bittar).

A duplicação da avenida Euler de Azevedo, em Campo Grande, na saída para MS-080, avança 2018 e ainda é alvo de reclamação de comerciantes. A intervenção começou em julho de 2016 e os contratos com as duas empresas - Anfer e São Luiz - somam pelo menos R$ 16 milhões.

A previsão do governo, informada pelo secretário de Infraestrutura de Mato Grosso do Sul, Marcelo Miglioli, é de que a obra vai ser entregue ainda este mês. A assessoria de comunicação da pasta esclareceu nesta quarta-feira (3) que faltam os últimos ajustes, como plantio de gramas, meio fio e o término do muro de contenção, que divide as duas vias.

Quando iniciada, a duplicação tinha o prazo de 1 ano para conclusão. Ou seja, teria de terminar em julho de 2017. Porém, ajustes no projeto de execução da obra, além dos constantes períodos de chuva foram entraves, de acordo com informações repassadas anteriormente pelo secretário.

O prazo, então foi prorrogado para novembro e dezembro passados. Agora, a expectativa é que em janeiro a obra seja de fato entregue à população.

Muro que divide vias é alvo de reclamação. (Foto: André Bittar).
Muro que divide vias é alvo de reclamação. (Foto: André Bittar).
Passagem de pedestres ao longo da avenida. (Foto: André Bittar).
Passagem de pedestres ao longo da avenida. (Foto: André Bittar).

Reclamações - De acordo com o comerciante Altair Vargas, de 53 anos, que tem uma marmitaria na avenida e mais dois imóveis alugados, as vendas caíram pela metade em relação aquilo que era antes das obras. "O menino da borracharia vai ter que fechar, porque não tem movimento nenhum e eu fico com um imóvel parado", explica.

Ele lembra que o principal motivo da queda nas vendas foi o muro de contenção colocado no meio da via, que impede o trânsito de pessoas. "Há uma passagem aqui e outra mais para frente, mas não tem mais nada. Quando começar as aulas, vai ficar uma loucura aqui, porque essas crianças não vão ter como passar".

O inquilino de Altair, dono de uma borracharia que preferiu não se identificar, lamenta também a dificuldade para retorno dos motoristas. "Retorno só tem aqui e depois lá no José Abrão, ninguém vai andar três quilômetros para voltar aqui".

O cabeleireiro Gilson Maia, de 49 anos, também questiona a demora para finalizar a obra, mas relata que ouve ao menos um benefício no processo. "Se não fosse o asfalto novo, com essas chuvas de agora essa rua já estaria toda esburacada de novo", conclui.

João também atribui à mureta a queda das vendas em sua loja de materiais de construção. "Tenho muitos clientes que passam aqui indo para a fazenda, daí veem a loja e param para comprar algo que estão precisando, mas como eles estão do outro lado da pista e não têm como atravessar para vir aqui", conclui.

Sobre o muro de contenção, a assessoria afirmou que há passagens para acesso em alguns pontos da via.

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