Obras do PAC devem sair do papel e elevar investimento em 35,8% em 2015
Previstas há mais de três anos, as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) devem sair do papel em 2015 e vão elevar em 35,81% os investimentos da Prefeitura Municipal de Campo Grande. Segundo o Orçamento Gerald o Município, encaminhado na manhã de hoje à Câmara Municipal, os investimentos devem atingir R$ 963,2 milhões no próximo ano, contra R$ 709,2 milhões previstos para 2014.
O prefeito Gilmar Olarte (PP) destacou, durante a reunião com os vereadores, que as dificuldades financeiras vão ser superadas ainda neste ano. Atualmente, a prefeitura conta com 21 obras grandes paradas em decorrência de problemas burocráticos, falta de recursos, rescisões de contratos e falta de recursos, como a revitalização da Avenida Ernesto Geisel (R$ 67 milhões), o Centro de Belas Artes (R$ 9 milhões), a reurbanização do fundo de vale do Córrego Bálsamo (R$ 63 milhões), a conclusão da última etapa do anel rodoviário (R$ 22 milhões) e o Porto Seco (R$ 22 milhões).
“Cerca de 30 obras já foram retomadas”, destacou Olarte, que frisou as dificuldades financeiras herdadas do antecessor, Alcides Bernal (PP). Ele até recorreu a Bíblia, mais uma vez, para explicar a as dificuldades financeiras. A Prefeitura pode atrasar o pagamento do 13º salário e ainda não conceder o reajuste de 8,46%, previsto em lei, aos 5 mil professores da rede municipal. “Deixando as coisas que para trás ficam, prossigo para o alvo, que é uma Campo Grande mais feliz”, afirmou.
Investimentos – O Orçamento da Capital deve crescer 22,81% em 2015, saltando dos atuais R$ 2,990 bilhões para R$ 3.672.045.000,00. O maior crescimento, de 83,34% será das receitas de Capital, que incluem os financiamentos , e devem saltar de R$ 237,3 milhões para R$ 600,2 milhões.
As receitas correntes vão ter aumento de 14,98%, de R$ 2,681 bilhões para R$ 3,083 bilhões. Os recursos do Tesouro terão alta de 19,08%, de R$ 1,318 bilhão para R$ 1,493 bilhão. Neste quesito está incluída a arrecadação com os tributos, como IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). O percentual de correção do tributo será definido em reunião entre as secretarias municipais de Planejamento e de Meio Ambiente, respectivamente, Seplanfic e Semadur.
Olarte prevê investir R$ 963,2 milhões em obras em 2015, um incremento de R$ 253,9 milhões em relação ao previsto para este ano.
O volume financiado deve crescer 70,21%, de R$ 227,5 milhões para R$ 387,3 milhões. Só com o PAC 2 estão previstos R$ 326,5 milhões, que incluem os investimentos em Mobilidade Urbana, pavimentação e transporte coletivo.
A Prefeitura ainda prevê investimentos de R$ 35,3 milhões no Plano de Drenagem (R$ 14,5 milhões), Governo eletrônico (R$ 12,2 milhões) e Reviva o Centro (R$ 8,5 milhões).
Com os investimentos previstos desde o último mandato de Nelsinho Trad (PMDB) saindo do papel, Olarte prevê um recorde histórico em investimentos em 2015, quando o volume total de recursos deverá representar 4,39% do PIB (Produto Interno Bruto) da Capital. Neste ano, os recursos equivalem a 3,6% do PIB.
Conforme a Seplanfic, o pior índice de investimento foi registrado no ano passado, primeiro ano de Bernal, quando o percentual representou 1,67% do PIB. No último ano de Trad, os recursos alcançaram 3,07% do PIB.
Setores – Olarte prevê destinar R$ 1,185 bilhão para a saúde em 2015, 173% acima do mínimo previsto, que seria de R$ 434 milhões.
A educação terá R$ 698,2 milhões em 2015, seguida por transporte (R$ 683,2 milhões), urbanismo (R$ 263,8 milhões), previdência social (R$ 257,6 milhões), assistência social (R$ 53 milhões) e cultura (R$ 27,3 milhões).