Oito meses após execução por engano, Name, filho e mais 5 são indiciados
Este é a primeiro indiciamento contra o grupo de extermínio chefiado pelos empresários
A força-tarefa da Operação Omertá indiciou os sete suspeitos de envolvimento na execução, por engano do estudante Matheus Coutinho Xavier, de 20 anos, morto a tiros de fuzil AK47, no dia 9 de abril deste ano.
Além de Jamil Name e Jamil Name Filho, são acusados o policial civil aposentado, Vladenilson Daniel Olmedo, o “Vlad”; o técnico em informática Eurico dos Santos Mota, de 28 anos; José Moreira Freires, 46 anos, o “Zezinho”; Juanil Miranda Lima, 43 anos e o ex-guarda municipal Marcelo Rios, de 42 anos. Juanil e Zezinho são os únicos que ainda estão foragidos.
Este é a primeiro indiciamento contra o grupo de extermínio. Resta agora ao Ministério Público acusar formalmente os sete indiciados. O inquérito sobre a execução foi concluído no último dia 5 de dezembro e os autos do processo já tem mais de duas mil páginas.
Por engano - Matheus Coutinho Xavier era acadêmico de Direito e foi morto com tiros de fuzil enquanto manobrava a camionete do pai, o capitão reformado da PM, Paulo Roberto Xavier em frente a residência da família, na Rua Antônio da Silva Vendas, no Jardim Bela Vista, em Campo Grande.
O alvo, no entanto, era Paulo Xavier que entrou na lista de execuções dos Name por ter sido considerado traidor, ao prestar serviço ao advogado Antônio Augusto Souza Coelho, radicado em São Paulo.
A investigação apurou que o advogado era alvo do “ódio alimentado” pela família Name, em decorrência de desacordo na negociação de terras pertencentes à Associação das Famílias para Unificação da Paz Mundial. Desde que a Operação Omertà foi deflagrada, Jamil Name e o filho figuravam como chefes do grupo de milícia formado para execução de diversos desafetos.