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Um mês de Omertà aumenta expectativa de delação

Anahi Zurutuza, Marta Ferreira, Tainá Jara e Leonardo Rocha | 28/10/2019 06:00
Capitão Xavier e empresário se abraçaram e choraram juntos na sede da Garras na sexta-feira (Foto: Henrique Kawaminami)
Capitão Xavier e empresário se abraçaram e choraram juntos na sede da Garras na sexta-feira (Foto: Henrique Kawaminami)

Delação - Com um mês da Operação Omertà completados neste domingo (27), aumenta entre os envolvidos na investigação a expectativa de fechar acordos de colaboração premiada. O primeiro a ser preso, antes mesmo da operação, o ex-guarda municipal, Marcelo Rios, já demonstrou essa intenção.

Núcleo policial - A coluna apurou, também, que existe a possibilidade de sair um delator entre os policiais civis presos por dar apoio ao grupo. Dois deles estão no presídio federal, apontados como os mais próximos aos chefes da organização criminosa dedicada a execuções, Jamil Name e Jamil Name Filho.

Coincidência – O capitão Paulo Roberto Xavier, pai de Matheus Coutinho Xavier, que foi executado no lugar do policial militar, conheceu José Carlos de Oliveira, ex-proprietário de imóvel no bairro Monte Líbano onde foi apreendido arsenal de guerra, fio da meada para a operação Omertà, na semana passada. Ele disse que nunca tinha visto o empresário até esbarrar com ele na sede da Garras (Delegacia de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) na sexta-feira (25).

Unidos venceremos – Xavier não revelou o que fazia na delegacia, mas abordou José Carlos dizendo que era pai de Matheus. Os dois se abraçaram e choraram. “Somos vítimas dessa organização criminosa”, disse o PM ao Campo Grande News. Em entrevista, o empresário já havia declarado: “alguém tem de parar isso”, se referindo à milícia armada investigadas na Omertà.

Ameaçado – O empresário foi à polícia conta como viveu ao menos três anos recebendo ameaças da família Name e foi obrigado, segundo depoimento dele, a entregar dois imóveis para quitar dívidas de jogo e empréstimo com características de agiotagem.

Bom de trato – Com o palanque cheio de integrantes de outros partidos, Marcelo Miglioli espalhou na convenção do Solidariedade a fama de “amigão”. Teve mais de um por lá que disse participar do evento pela amizade com o ex-tucano. No caso do deputado federal Luiz Ovando, a relação é também familiar. A mulher dele é prima de Adriana Miglioli, casada com ex-secretário de Reinaldo Azambuja (PSDB) e sua ex-aluna no curso de Medicina.

Indiretas – Na solenidade ficou evidente também que tem gente correndo risco de ganhar inimizades, conforme se colocam as candidaturas para disputar o comando da Capital. Apesar de garantir que não tem nada contra o “Marcos”, como chamou o prefeito Marquinhos Trad (PSD), Miglioli diz ter o ex-prefeito André Puccinelli (MDB) como referencial de gestão forte.

Chamado às mulheres – Única mulher presente no palanque do Solidariedade neste sábado, a vereadora Cida Amaral (Pros), foi notada e citada pelo pré-candidato a prefeito. O ato soou como apelo a participação das mulheres no partido, bem como o convite para mulher, Adriana, subir no palco. “Pilar central da minha vida”, definiu.

Passadinha – O deputado federal e presidente nacional do Solidariedade, Paulo Pereira da Silva, conhecido também como Paulinho da Força, demorou, mas chegou à convenção da sigla em Campo Grande. O evento já havia começado fazia duas horas quando o parlamentar fez discurso breve.

Atléticos – Na primeira edição da Corrida da Assembleia, alguns deputados resolveram tirar o terno e ir de bermuda e tênis participar do evento, entre eles Carlos Alberto David (PSL), Herculano Borges (SD), Rinaldo Modesto (PSDB), Gerson Claro (PP) e Eduardo Rocha (MDB). O presidente da Casa de Leis, Paulo Corrêa (PSDB), também participou do evento, e já adiantou que haverá segunda edição no ano que vem.

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