Omertá fez buscas em apartamento e apreendeu celular de ex-presidente do TJMS
Joenildo de Souza Chaves foi um dos alvos de mandados de busca apreensão de investigação contra grupo de extermínio
A terceira fase da operação Omertà, deflagrada nesta quinta-feira (18), foi para cumprir 19 prisões preventivas, parte delas de gente já na cadeia, 2 prisões temporárias e ainda fazer 20 buscas e apreensões de suspeitos de integrar organização criminosa dedicada a execução de pessoas.
Um dos endereços onde a força-tarefa esteve é o apartamento onde mora o ex-desembargador Joenildo de Oliveira Chaves, no edifício Manoel de Barros, em região nobre de Campo Grande, próximo ao shopping Campo Grande.
Também foi autorizado que fosse aprendido o celular do desembargador. A decisão do juiz Marcelo Ivo de Oliveira, da 7ª Vara Criminal, cita a apreensão de cheque de cem mil reais em nome do magistrado aposentado na casa de Jamil Name, preso desde setembro do ano passado, quando houve a primeira fase da operação.
Há ainda, a informação de que, entre a prisão de Marcelo Rios, ex-guarda municipal pego com arsenal, em maio do ano passado, e a de Name, Joenildo foi visto entrando na mansão do homem apontado como chefe da milícia armada.
Isso, para os investigadores, como cita o magistrado, revela a proximidade entre o representante do Poder Judiciário, que já foi presidente do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) e Jamil Name. Joenildo, segundo acusação do pai de uma das vítimas da milícia armada, o oficial reformado da Polícia Militar Paulo Roberto Teixeira Xavier, tentou comprar o silêncio dele sobre a execução por engano de Matheus Coutinho Xavier.
Joenildo foi relacionado por Name como testemunha em seu favor em ação derivada da Omertà. À época, dissse ao Campo Grande News que não poderia se manifestar justamente por ser parte de processos como testemunha.
Nomes conhecidos - A ação de hoje incluiu entre os acusados da Omertá o ex-deputado Jerson Domingos, atual conselheiro, que foi preso, o delegado de Polícia Civil Márcio Shiro Obara, também encarcerado, além de Fahd Jamil, que já foi condenado por envolvimento com narcotráfico, mas se livrou das punições na Justiça. "Fuad", como é chamado, não foi preso. O mandado segue aberto.
A prisão contra ele é preventiva, como integrante de organização criminosa na região de fronteira com o Paraguai. O filho dele, Flávio Georges Jamil, o "Flavinho", também escapou da ordem de prisão.