Ônibus atrasam e sindicato pede suspensão de multas a motoristas durante obras
Prefeitura estuda solicitação do sindicato para suspender cada multa em torno de R$ 150, segundo sindicato
Anda um pouco, para. É assim a situação dos ônibus nos desvios dos trechos em obras do centro da Capital. O ônibus atrasa, os passageiros ficam revoltados e o motorista ainda pode receber, pelo menos, duas notificações de multa por atraso em cada uma das voltas que faz no dia.
Com isso, já são centenas de multas que estão para chegar, nas contas do presidente do Sindicato de Trabalhadores do Transportes de Campo Grande, Demétrio Freitas. O sindicato já avisou que os motoristas não vão pagar as multas, porque além de considerar muito alto o valor, que gira em torno de R$ 150,00, avalia como injusta a situação.
A prefeitura estuda uma solicitação do sindicato que procurou a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) pedindo que suspenda as notificações, neste período de obras.
“As multas que o motorista provoca, ele tem que pagar de acordo com a lei. Então, nós já fizemos essa solicitação e estamos aguardando providência”, comenta o presidente da entidade.
Quanto aos desvios, uma faixa exclusiva para os ônibus poderia resolver a situação de atrasos, durante as obras, na opinião do presidente do sindicato. Ele conta que os passageiros ficam muito revoltados com os motoristas, o que gera muito estresse.
“Passageiros não querem saber se as vias estão interditadas, porque eles têm horário para chegar, então os motoristas sofrem uma pressão muito grande. Sobra para o motorista”, reclama o sindicalista.
Demétrio acrescenta que também tenta com a prefeitura e câmara de vereadores uma mudança na lei para que as penalidades sejam administrativas e não financeiras, em caso de atraso dos ônibus causado pelo motorista.
“Se der condição para o motorista, ele vai fazer o trajeto no horário. Se tiver alguma ocorrência, ele vai relatar o que houve e não precisa ser penalizado. Se a culpa foi dele, poderia ser punido administrativamente. Estamos lutando por isso”, diz Demétrio.
A reportagem entrou em contato com a assessoria da prefeitura, que não pode responder de imediato sobre o que será decidido com relação às notificações de multas e organização do trânsito nos trechos de obras do Reviva Campo Grande, mas vai apurar junto à Agetran.