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Capital

Operação contra criminosos sexuais localiza foragidos e faz novas prisões

Conforme promotor, alvos foram localizados com auxílio da diretoria de inteligência da PM

Aline dos Santos | 25/05/2021 11:52
Homem preso na última 3ª feira, quando foi deflagrada operação. (Foto: Henrique Kawaminami)
Homem preso na última 3ª feira, quando foi deflagrada operação. (Foto: Henrique Kawaminami)

Deflagrada na última terça-feira (dia 18) contra criminosos sexuais, a operação "Araceli" fez duas novas prisões ontem, totalizando até agora 32 presos. A ação tinha 27 mandados de prisão expedidos pela Justiça e encontrou 20 alvos no dia da ação. Outras dez foram parar atrás das grades durante a identificação do paradeiro dos sentenciados.

“A Diretoria de Inteligência da Polícia Militar está nos auxiliando. Então, os alvos foram localizados e presos”, afirma o promotor Marcos Alex Vera de Oliveira. Ele destaca que todos já tinham condenação em definitivo e agora vão cumprir a pena.

“Somente pode se preso para cumprimento de pena quem esgotou todos os recursos”, explica o promotor.

Dos  1.667 novos inquéritos distribuídos em 2019 e 2020, a maioria, 78%, foi por crimes contra a dignidade sexual (664 denúncias).

O inferno vivido por meninos e meninas fica claro nas estatísticas. Das 664 denúncias de crimes contra a dignidade sexual, 79% são de estupro (525 casos) e 12% de importunação sexual (80).

Os dados mostram que se a violência sexual tivesse um rosto: seria uma menina, com idade de 6 a 13 anos. Já o agressor tem o seguinte perfil: homem e com vínculo familiar (pai, padrasto, avô, avôdrasto, tio, primo).

A operação “Araceli” cumpriu mandados para prender condenados por crimes praticados contra crianças e adolescentes, como violência, abuso e exploração sexual. As decisões foram da 7ª Vara Criminal de Campo Grande.

A ação foi deflagrada no Dia Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes , 18 de maio. A data foi instituída pela Lei Federal 9.970 em alusão ao "Caso Araceli".

A menina que aos 8 anos foi raptada, drogada e violentada por vários dias, antes de ser morta, ter seu corpo desfigurado por ácido e abandonado em um terreno baldio em Vitória, no Espírito Santo.

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