Operação contra jogo do bicho teve 1/3 da dimensão planejada
Operação teria mais de 300 agentes de segurança, mas foi reduzida a um terço depois de vazamento de informações
A quarta fase da Operação Omertà, que lacrou bancas do jogo do bicho nesta quarta-feira (23) em Campo Grande, foi feita às pressas, diante do vazamento de que estava em preparação para esta quinta-feira (25). A ação era para envolver Polícia Civil, Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado) e dois batalhões da Polícia Miltiar, o Choque e o Bope (de Operações Especiais).
O número de agentes de segurança envolvidos passaria de 300, mas caiu em um terço diante do adiantamento feito.
Denominada “Black Cat”, a operação acabou restrita ao Gaeco e à Polícia Civil, liderada pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), com a participação de policiais de outras especializadas.
Bope e Choque não participaram.
Fecha tudo - De acordo com a investigação jornalística, a ordem de toda forma é tolerância zero com a permanência das bancas do bicho, espalhadas pela cidade há décadas.
As que não foram lacradas hoje, serão nos próximos dias, segundo apurado. Esse se reabrirem, a determinação é fechar novamente.
Não foi esclarecido qual vai ser a base legal para isso, já que o jogo do bicho não é crime, sim contravenção penal.
Pelo menos quatro pessoas estão sendo ouvidas no Garras, no Bairro Tiradentes, e devem ser liberadas depois.
O nome da fase é em alusão a “Gato Preto”, como se denomina a organização que explora o jogo de azar com base em números atribuídos a animais. A chefia do negócio é atribuída ao empresário Jamil Name, preso há um ano, por chefiar milícia armada alvo das primeiras fases da Omertà. A operação completa um ano de seu início no domingo (27).