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Capital

Operações tapa-buraco consumiram R$ 372,5 milhões desde 2010

Kleber Clajus | 27/02/2015 13:08
Maior registro de investimento ocorreu em 2012, quando se gastou R$ 109.9 milhões em tapa-buraco (Foto: Marcelo Calazans / Arquivo)
Maior registro de investimento ocorreu em 2012, quando se gastou R$ 109.9 milhões em tapa-buraco (Foto: Marcelo Calazans / Arquivo)

As operações tapa-buraco consumiram, entre janeiro de 2010 e janeiro de 2015, o equivalente a R$ 372,5 milhões dos cofres públicos, em Campo Grande. Os dados compõem relatório entregue aos vereadores, na quinta-feira (26), pela Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação) que prevê cancelamento de 34 contratos a partir de março.

O período com maior aplicação de recurso na recuperação de pavimento ocorreu em 2012, durante a administração de Nelsinho Trad (PMDB). Na época, se desembolsou R$ 109.908.652,23, ante investimento de R$ 51.944.134,33, em 2010, e R$ 64.517.357,52 no ano seguinte.

Em sua defesa, o ex-prefeito disse ao Campo Grande News que determinou nos dois últimos anos de mandato que fossem “atendidas todas as solicitações que chegavam e exaurir as demandas da Câmara Municipal, lideranças comunitárias, conselhos regionais e ouvidoria da Prefeitura”.

Conforme o peemedebista, os problemas que quase se converteram em CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara Municipal poderiam ter sido evitados se mantida instrução normativa, de junho de 2011, que instituía controle social com moradores dando atesto a realização do serviço de tapa-buraco.

De 2013 a 2014, segundo relatório da Seintrha, foram desembolsados R$ 68.275.177,44 e R$ 71.232.199,46, respectivamente. Já em janeiro deste ano a soma alcançou R$ 6.697.461,82.

A vereadora Luiza Ribeiro (PPS) ressaltou que mesmo sem CPI, que conquistou oito de dez assinaturas necessárias para instalação, os questionamentos serão realizados “por se tratar de investimento grande e de baixo resultado”.

Já o titular da Seintrha, Valtemir de Brito, assegurou que os atuais 34 contratos com 12 empresas serão cancelados, mediante nova licitação do serviço a ser iniciada em março. As regras também serão revistas para garantir maior detalhamento das tarefas a serem executadas pelas empresas e, assim, facilitar a fiscalização.

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