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Economia

Oposição diz que Maia faz propaganda enganosa sobre dívida da Acrissul

Fabiano Arruda | 28/06/2011 12:25
“Estão utilizando dinheiro dos associados para fazer campanha eleitoral mentirosa”, disse Laucídio. (Foto: Divulgação)
“Estão utilizando dinheiro dos associados para fazer campanha eleitoral mentirosa”, disse Laucídio. (Foto: Divulgação)

A oposição no processo eleitoral da nova diretoria da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) acusa o atual presidente da entidade, Francisco Maia, que está licenciado do cargo, de fazer campanha enganosa sobre a situação da dívida da entidade.

O argumento é que Maia renegociou e não quitou dívida de R$ 2 milhões da Acrissul com INSS, Banco Bradesco e Prefeitura, ao contrário da “dívida zero” que tem pregado.

As críticas foram feitas pelo ex-presidente da Acrissul, Laucídio Coelho, durante assembleia geral realizada na associação, ontem à noite. Ele apoia o nome do engenheiro agrônomo, José Lemos Monteiro, o Zeito, que encabeça a chapa da oposição “Gestão e Produção”.

“Estão utilizando dinheiro dos associados para fazer campanha eleitoral mentirosa”, disparou Laucídio, afirmando que o parcelamento com o INSS, realizado na sua gestão, não está em dia. “Na internet não sai mais a certidão da Acrissul, se continuar assim a entidade pode perder a negociação que fizemos”, declarou.

“Eu e os associados estamos recebendo malas diretas mentirosas de uma campanha eleitoral de Chico Maia feita com recursos os da Acrissul. Estão mentindo para o produtor rural com esta conversa de dívida zero”, complementou.

Laucídio também aproveitou para criticar a divulgação de números da atual diretoria relativos a Expogrande deste ano. “Disseram que durante a última Expogrande aconteceu a comercialização de aproximadamente 30 mil cabeças de gado. Mas, o Iagro registrou apenas 9 mil cabeças. Para contar vantagem, estão triplicando o número de animais vendidos. Cadê o restante do gado, será que os animais entraram ilegalmente na nossa exposição?”, questionou.

O ex-presidente da Acrissul condenou ainda o que chamou de manipulação política na entidade. “Ela deveria estar a serviço da classe produtora, lutando pelas nossas reivindicações, que são muitas. O problema maior da entidade é a politização partidária, que ela foi transformada. Ao longo destes 80 anos da Acrissul, nós sempre fomos pela política classista e nunca partidária. Isso atrapalha a nossa luta”, concluiu, segundo informações da assessoria.

A reportagem tentou contato com Francisco Maia antes da publicação desta matéria, mas o celular estava desligado. Em entrevista ao Campo Grande News no dia 19 de maio, Maia declarou que “tirou a entidade do buraco”, fortaleceu a representatividade à frente dos interesses dos produtores, como a defesa da aprovação do Código Florestal, e se escora num projeto intitulado “Acrissul Amanhã” que pretende transformar o Parque de Exposições Laucídio Coelho num shopping rural, com instalação de lojas e reformas do espaço, para seguir no comando.

A eleição para nova diretoria da Acrissul será no dia 8 de agosto. A disputa envolve 800 associados e um patrimônio total de R$ 60 milhões, sendo cerca de R$ 5 milhões de faturamento por ano. As gestões são de dois anos.

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