Pacote de obras prevê recapeamento de seis avenidas e revitalização de rio
O pacote de obras, que o prefeito Alcides Bernal (PP), vai anunciar em alusão ao aniversário de 114 anos de Campo Grande, prevê o recapeamento de seis avenidas e a revitalização das margens do Rio Anhanduí e da avenida Ernesto Geisel. Os investimentos devem somar R$ 55 milhões.
A proposta prevê o recapeamento das avenidas Calógeras, Amazonas, Tamandaré, Salgado Filho, Mascarenhas de Morais e Tiradentes. Segundo o secretário municipal de Infraestrutura, Transportes e Habitação, Semy Ferraz, serão recuperados 70 quilômetros de faixas. O investimento será de aproximadamente R$ 15 milhões.
O investimento é inferior às demais avenidas, como a avenida Guaicurus, que receberá aporte de R$ 12 milhões, porque só serão recuperados os trechos considerados mais críticos. Não será feito o recapeamento de toda extensão da avenida.
A previsão é de que as obras estarão concluídas até janeiro de 2014. A Prefeitura vai licitar a recuperação e a expectativa é de que as obras durem de 60 a 90 dias. Serão várias frentes de obras ao mesmo tempo.
Drenagem - Semy conta que a Guaicurus não integra o pacote porque o recapeamento deste via já está na fase de lançamento do edital de licitação. Serão investidos R$ 12 milhões no recapeamento da via.
A Secretaria Municipal de Infraestrutura vai aproveitar a obra para recuperar a drenagem da via. Serão aplicados R$ 4 milhões para acabar com os constantes alagamentos da avenida, que tem extensão de 10 quilômetros entre os bairros Dom Antônio Barbosa e Itamaracá. A via também vai ganhar cerca de 8 quilômetros de ciclovia.
A obra da avenida Ernesto Geisel, tomada por erosões na extensão entre o Shopping Norte Sul e a Avenida Campestre, deverá, finalmente, ter início neste mês. O prefeito vai assinar a ordem de serviço.
As obras vão custar R$ 43 milhões e terão duração prevista de dois anos. A via vai ter ciclovia, espaços com equipamentos públicos de lazer e áreas para observação.
Outras – As inaugurações da revitalização da Avenida Júlio de Castilhos, do recapeamento da Avenida das Bandeiras e de dois centros de Educação Infantil (Ceinfs) dos bairros Vida Nova e Oiti, completam o pacote de obras de aniversário da Capital.
As datas ainda estão sendo definidas pela equipe da prefeitura. No entanto, as avenidas poderão ser inauguradas no dia 27 deste mês.
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Há mais de 37 anos a frente de uma loja de elétrica na Avenida Tiradentes, uma das beneficiadas, Jairo de Marco, 44 anos, alega que a via sempre foi abandonada pelo poder público no que diz respeito a melhorias. “Só vieram aqui e mudaram as mãos. É mexe daqui, mexe dali, mas nunca pensaram em recapear”, disse o comerciante. A via chegou a ser mão dupla, mão única e hoje é mão dupla e única.
Ele conta que inicialmente a via chamava-se “Avenida 1ª”, por ser uma das primeiras a surgir em Campo Grande e que até hoje sinalização é falha. “Junto com o recapeamento tem que vir redutor de velocidade, senão vai acontecer o mesmo que ocorre na Bandeira. Tenho um amigo que trabalha lá, ele diz que é impossível atravessar a rua em horário de pico”.
A opinião se estende aos outros usuários da Tiradentes. O carteiro Adriano Muniz, 28 anos, que o diga. O rapaz enfrenta sol, chuva, cachorros e tráfego intenso para cumprir com excelência seu ofício. Diante da notícia do recapeamento, ele já antecipa. “Tem que ter sinalização também porque com o asfalto bom os carros vão correr mais ainda”, avaliou.
Adriano entrega correspondências na região há dois meses e enfrenta perigo maior por ter que atravessar a rua inúmeras vezes para atender todos os endereços. “Vou de um lado para o outro e aqui, mesmo no trecho que é faixa única, tenho que tomar cuidado porque o movimento é sempre intenso”, finalizou.
A cozinheira Adriana Rosa, 33 anos, comemorou as melhorias prometidas por Bernal à Avenida Tiradentes. Com o recapeamento ela espera que haja menos inundação quando chove e também que o número de acidente no cruzamento com a rua Vicente Solar seja reduzido. “Vai ser maravilhoso”, disse.
A sinalização, porém, não foi esquecida por ela. “Tenho dois filhos pequenos que estudam aqui perto de manhã. Não dá para eles atravessarem a rua sozinhos em horário algum. Vai ter que ter semáforo, lombada eletrônica ou outro tipo de redutor de velocidade aqui”, concluiu.