Padre é afastado após pregar que "petista vai para o inferno"
Arquidiocese da Capital divulgou nota informando a decisão depois de denúncia de deputados
O padre José Alcione Leal, que durante um sermão disse que o católico que vota no PT é comunista e que vai para o inferno, foi afastado pela Arquidiocese de Campo Grande nesta quinta-feira (11) de igreja do Conjunto União.
A decisão assinada pelo Arcebispo Metropolitano de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa, foi publicada horas depois dos deputados Pedro Kemp (PT) e Zeca do PT denunciarem na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) a conduta do pároco durante a missa do último domingo (7).
Segundo a nota, o afastamento foi feito em "consonância com decisão anterior do Conselho Presbiteral". Ao Campo Grande News, a Arquidiocese explicou que a atuação do padre já vinha sendo acompanhada devido a outras situações, que não foram divulgadas.
A Arquidiocese ainda afirmou que Alcione não deixa de ser padre, mas não poderá realizar missas e as demais funções como pároco junto ao público.
De acordo com a denúncia recebida pelos parlamentares petistas, o padre chamou o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) de “cabeça de ovo” e ditador, que “está mandando no País” e se referiu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva como “aquele de nove dedos”. Depois, arrematou, dizendo que “católico que vota no PT é comunista e que vai para o inferno”.
Padre José Alcione foi ordenado há 36 anos era membro da Sociedade Joseleitos de Cristo, da qual foi desligado. Ele já pertenceu à Paróquia do Senhor Bom Jesus, no Tiradentes, de onde também teve de ser transferido a pedido de fieis e foi para paróquia localizada Conjunto União.
É o segundo padre afastado por Dom Dimas nesta semana. Nas Moreninhas, o padre Jucelandio José do Nascimento foi afastado da função de pároco da igreja na segunda-feira (8) após ser preso suspeito de oferecer R$ 2 mil para ter relações sexuais com coroinha, um adolescente de 16 anos.
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