Pai de vereador morto pede ajuda aos Direitos Humanos para resolver crime
Alcino está preocupado com a lentidão das investigações sobre os verdadeiros mandantes
O vice-prefeito de Alcinópolis, Alcino Carneiro, procurou na última quarta-feira (16) o CDDH (Centro de Defesa dos Direitos Humanos) para que pressione as autoridades sobre a elucidação do assassinato do seu filho, Carlos Antônio Costa Carneiro, ocorrido no dia 26 de outubro em Campo Grande.
De acordo com o presidente do CCDH, Paulo Ângelo, o vice-prefeito tomou a decisão de procurar o orgão para pedir apoio para pressionar todas as autoridades competentes do Mato Grosso do Sul para a elucidação completa do assassinato de seu filho.
“Ele disse que há evidências de que Carlos foi vítima de crime político e está muito preocupado com a lentidão das investigações sobre os verdadeiros mandantes do assassinato”, disse Paulo.
Foi feito um termo de declaração, onde Alcino fez um depoimento e assinou. Agora esse documento será encaminhado para OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil), Conselho Estadual de Direitos Humanos e para a Secretária Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República. “Seu Alcino quer que a gente ajude na pressão por uma investigação mais ágil”, contou o presidente.
Ontem (17) dois envolvidos pela morte do vereador foi ouvido no fórum da Capital, Irineu Maciel, e Valdemir Vansan. Irineu confessou ter atirado na vítima, e o outro de ser o mandante.
Valdemir Vansan negou qualquer participação no assassinato, e se mostrou magoado com o cunhado Irineu Maciel, que confessou ter matado o vereador por vingança.
O juiz Aluízio Pereira dos Santos perguntou a Valdemir o motivo que pode ter levado Irineu a citá-lo como mandante, enquanto era interrogado na delegacia no dia do crime. “Já me perguntei, tentei entender e não consigo. Acho que ele está escondendo algo”, disse.