Para deixar prisão, mãe e filha que ocultaram cadáver terão de pagar R$ 41 mil
Lei estabelece que fiança seja arbitrada em crimes cuja pena seja inferior a quatro anos de prisão
Roselaine Tavares Gonçalves, 40 anos, e a filha, Yasmin Natasha Gonçalves Carvalho, 19 anos, tiveram fianças arbitradas em R$ 20.780,00 cada, pelo delegado responsável pelo caso, Carlos Delano, da DEH (Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Homicídio), o que somado chega a R$ 41.560. As duas foram presas em flagrante pela ocultação do cadáver de José Leonel Santos, 61 anos, morto e enterrado no quintal da própria casa, na Vila Nasser, em Campo Grande.
Como não assumiram que ajudaram Cleber de Souza Carvalho, 43 anos, a matar a vítima, Roselaine e Yasmin foram presas por ocultação de cadáver, já que sabiam que o homem havia sido morto e enterrado no local. Como a pena prevista para o crime é menor do que quatro anos de prisão, a lei estabelece que seja arbitrada fiança de até 100 salários mínimos.
O MPE (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) solicitou, no início da tarde desta sexta-feira (8), que a prisão em flagrante de mãe e filha sejam convertidas em preventiva. Cleber segue foragido.
O caso - José Leonel foi morto por Cleber com um golpe de barra de ferro na cabeça, na madrugada do dia 2 de maio, para ficar com a casa do homem. Com a ajuda da filha, Yasmin, ele arrastou o corpo da vítima e enterrou no quintal da residência.
No dia seguinte ao crime, pai, mãe e filha se mudaram para a residência da vítima. No domingo mesmo, a família chamou amigos e parentes para conhecerem a casa nova.
*Matéria editada no dia 09/05 às 09h01 para correção de informação