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Capital

Para despistar fiscalização, promoters passam trote em Guarda Municipal

De acordo com informações, 10% das ligações são denúncias falsas, muitas delas feitas por organizadores de festas e eventos

Ana Oshiro | 13/12/2020 16:47
Central da GCM recebe mais de mil ligações por dia (Foto: Arquivo/Paulo Francis)
Central da GCM recebe mais de mil ligações por dia (Foto: Arquivo/Paulo Francis)

Mais de mil ligações por dia é o que a GCM (Guarda Civil Metropolitana) tem recebido ao longo das últimas semanas, cerca de 10% dos chamados é trote, e muitas vezes de organizadores de festas e eventos.

De acordo com a assessoria de imprensa da GCM, os casos sempre acontecem, mas nesse período de pandemia, e com a volta do toque de recolher, as denúncias falsas aumentam de forma considerável.

Uma parte dos trotes é de quem não tem o que fazer, mas outra parte é de quem quer despistar as fiscalizações do órgão municipal nesse momento de crise do novo coronavírus.

Segundo a assessoria, organizadores de festas ligam denunciando eventos e aglomerações em pontos opostos aos que estão realizando seus eventos, fazendo com que a GCM fique longe de onde realmente está o problema.

Cerca de 100 agentes da GCM atuam diariamente na Capital (Foto: Divulgação GCM)
Cerca de 100 agentes da GCM atuam diariamente na Capital (Foto: Divulgação GCM)

Com pouco efetivos e muitas denúncias, tanto a Guarda Municipal, quanto a Vigilância Sanitária, não conseguem atender todos os chamados que chegam, e os trotes atrapalham ainda mais o serviço dos órgãos municipais. Diariamente são cerca de 100 agentes trabalhando nas ruas da Capital.

"Os trotes atrapalham muito nosso trabalho, ao atender uma falsa ocorrência acabamos deixando uma denúncia verdadeira de lado, o que pode ser muito prejudicial. Fora que tem o custo do deslocamento, que quem paga somos nós, cidadãos, com dinheiro dos nossos impostos", disse o assessor da GCM.

Lei n.º 5.571  - Em 29 de setembro de 2020 o governador Reinaldo Azambuja sancionou a lei que prevê mais punições e multas para quem realizar trotes ao serviços de emergência. A intenção é tornar a legislação mais dura, para coibir este tipo de prática no Estado.

Quem for identificado realizando trotes, terá que pagar pelas despesas decorrentes da locomoção das unidades de saúde ou policiais, além de pagar multa de R$ 400,00), podendo ter o valor ampliado em 50%, caso houver reincidência.

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