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Capital

Para prefeitura e consórcio, gratuidades encarecem passagem de ônibus

Empresa responsável pelo transporte coletivo na Capital afirmou que tarifa seria de R$ 3,12 sem gratuidades

Jhefferson Gamarra | 03/12/2021 15:33
João Rezende, presidente do Consórcio Guaicurus durante audiência pública (Foto: Divulgaçã0/CMCG)
João Rezende, presidente do Consórcio Guaicurus durante audiência pública (Foto: Divulgaçã0/CMCG)

Audiência Pública realizada nesta sexta-feira (3) na Câmara Municipal de Campo Grande discutiu soluções para o transporte coletivo da Capital. Assim como em outras oportunidades, o Consórcio Guaicurus e prefeitura por meio da Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos) sustentaram que as gratuidades no transporte coletivo impactam diretamente no valor da passagem.

Diretor-presidente da Agereg, Otávio Figueiró (Foto: Divulgação/CMCG)
Diretor-presidente da Agereg, Otávio Figueiró (Foto: Divulgação/CMCG)

“Temos que pensar na remodelagem do contrato, e isso leva tempo. Que o município pague pelos alunos da rede municipal, o estado pague pelos alunos da rede estadual, que volte a isenção do ICMS e ISS. Se tirar o ICMS, reduz do povo que vai pagar o transporte, não está dando dinheiro para o consórcio. Aí, o consórcio tem que rebolar pra prestar um serviço de excelência. Equilibrando as contas, a gente consegue cobrar e ter um serviço melhor”, frisou o diretor-presidente da Agereg, Otávio Figueiró.

Atualmente o valor da tarifa do transporte coletivo na Capital custa R$ 4,20. De acordo com, João Rezende, presidente do Consórcio Guaicurus, estudos realizados pela empresa demonstraram que o valor seria da passagem  seria de R$ 3,12 se não houvesse gratuidades para idosos, estudantes e portadores de necessidades especiais.

“Quem deu a gratuidade que pague por ela. A Prefeitura colocou gratuidade para estudante, mas colocou o cidadão e o empresário para pagar a conta. Uma política tarifária como essa, que diminuiu a evasão escolar, que toda a cidade pague pelos cofres do município, não pelo bolso do trabalhador. Somente aqui o cidadão que paga R$ 5 mil em uma mensalidade de universidade não paga pelo serviço de transporte coletivo”, reiterou Rezende.

A discussão reuniu ainda representantes de vários setores ligados ao transporte público na Capital, como Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito). Na oportunidade, o diretor-presidente Janine de Lima Bruno, avaliou que os investimentos realizados, como corredores exclusivos para ônibus, darão mais celeridade as viagens, fazendo com que a população volte a usar o transporte coletivo.

“Pode ser que melhorando o sistema, diminuindo o tempo, o motorista resolva deixar o carro em casa e usar o transporte coletivo, e isso melhora o trânsito”, frisou.

Presidente da Comissão Permanente de Transporte e Trânsito no legislativo municipal, vereador Alírio Villasanti (PSL), apontou algumas melhorias recentes no transporte público da Capital.

“Tivemos o escalonamento dos horários de entrada e saída das escolas municipais, que facilitou bastante e ajudou muito durante a pandemia. Também foi possível fazer o mesmo escalonamento na rede estadual, com os dois principais colégios da área central. São possíveis mudanças importantes se sentarmos para discutir o tema com seriedade”, finalizou.

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