Paralisada há 1 mês, obra de ecoponto aguarda autorização da prefeitura
Falta de assinatura de termo de cedência de área pública suspende construção em terreno onde já foram realizadas limpeza e terraplanagem.
A obra do primeiro ecoponto que será instalado em Campo Grande pela CG Solurb - responsável pela coleta e tratamento de lixo na cidade- está paralisada há cerca de 1 mês. O empreendimento, localizado na divisa do Bairro Residencial Sagarana com o Zé Pereira, aguarda licença da prefeitura para ser retomado.
Depois que serviços de limpeza e terraplanagem foram realizados na área destinada para implantação do ecoponto a construção está suspensa “porque a empresa aguarda autorização do executivo municipal para solicitar a ligação de água e energia elétrica às concessionárias responsáveis”, informou a assessoria de imprensa da Solurb.
De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, em reunião no dia 7 de junho, os membros da Comissão de Controle de Uso de Áreas Públicas deliberaram pela autorização do termo de cedência para a Solurb CG.
“Porém, o presente termo, documento que deve ser assinado por representantes da prefeitura e também da Solurb, ainda não foi assinado pelas partes”, informou.
O investimento no empreendimento será de cerca de R$ 800 mil, sendo que o gerenciamento vai custar à prefeitura em torno de R$ 17,1 mil mensais por ecoponto.
Fim do lixo nas ruas - Localizado na Rua Sagarana esquina com a Avenida Professor José Barbosa Hugo Rodrigues, o terreno onde o ecoponto será implantado possui 3.651 m².
No local serão descartados resíduos recicláveis e materiais como geladeiras, sofás, móveis, além de restos de galhos, resultado da poda de árvores, de até um metro cúbico de entulhos, ou 650 quilos (resíduo seco) ou 850 quilos (se úmido). Esses são o chamado entulho volumoso, que não é aceito pelas empresas que recebem entulho de obras, como concreto.
A Solurb deve separar todo o material e dar destinação final, que será encaminhado para UTR (Unidade de Tratamento de Reciclável), que recebe, em média, 11 toneladas por dia, resultado da coleta seletiva.
Morador do bairro há 26 anos, Gerson Valério Franco, de 56, acredita que a medida será muito positiva se o material for bem armazenado. "Espero que recolham esse entulho devidamente, para evitar a proliferação de ratos, insetos, mosquito da dengue. Se ficar jogado aí, será ainda pior para todos que residem perto", ponderou.
Para o empresário Bartolomeu Ferreira de Araújo, que possui há 15 anos uma oficina mecânica na Rua Sagarana, logo atràs do terreno, o empreendimento será muito bem-vindo.
"Acho que será a solução, porque muita gente joga lixo em terrenos baldios e os moradores sofrem muito. As margens do Córrego Imbirussú estão lotadas de colchões, geladeira, tv, tudo quanto é tipo de entulho", reclama.
De fato, na tarde desta segunda-feira (12), muito lixo foi encontrado pela equipe do Campo Grande News na região, como é possível conferir na galeria abaixo.
Confira a galeria de imagens: