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Capital

Parque Cônsul Assaf Trad é canteiro de obras sem prazo para reabrir

Empresa responsável pelas obras está com a “ficha suja” com a prefeitura por romper o contrato do Belas Artes

Jhefferson Gamarra | 19/11/2022 10:04
Entrada do parque segue fechada e obras estão paralisadas (Foto: Alex Machado)
Entrada do parque segue fechada e obras estão paralisadas (Foto: Alex Machado)

Com obras de revitalização inacabadas e cenário de abandono, o Parque Cônsul Assaf Trad que fica na avenida de mesmo nome, entre o Residencial Alphaville e o Shopping Bosque dos Ipês, segue com os portões fechados para o público e sem prazo para reinauguração.

Em 1º de junho de 2021, a Prefeitura de Campo Grande assinou a ordem de serviço autorizando a Orkan Construtora Eireli, de Sidrolândia, iniciar os trabalhos. Pelo contrato, a empreiteira deveria, no prazo de 210 dias (7 meses), executar a pintura de pergolados, revitalização do estacionamento, instalação de lixeiras, construção de calçadas e instalação de gradil em toda a área de intervenção, instalação de playground emborrachado com passarela, escorregador, tobogã e balanço. Além disso, a empreiteira deveria construir um espaço administrativo e ampliar a pista de caminhada.

Em fevereiro deste ano, quando o prazo de execução e entrega das obras já estavam vencidos, a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) garantiu que as obras estavam em fase de conclusão e que seria entregue no prazo máximo de 3 meses. O prazo estabelecido à época expirou em maio.

Mato alto e obras inacabadas são visíveis do lado de fora (Foto: Alex Machado)
Mato alto e obras inacabadas são visíveis do lado de fora (Foto: Alex Machado)

A reportagem foi até o local, mas não encontrou funcionários ou movimentação que indiquem a realização de obras. Do lado de fora do parque, é possível notar a construção inacabada da sede administrativa, muito mato e restos de construção. No portão, há um informativo de contratação de pedreiros e ajudantes, porém na tentativa de contato com o número de telefone, as ligações caíram na caixa postal.

Conforme consta no Portal da Transparência + Obras, da prefeitura, o local está com 70% dos trabalhos entregues e a construtora recebeu R$ 533.899,31 do valor total da revitalização, estabelecido em R$ 752.780,30.

Acionada para se pronunciar sobre o andamento do contrato e a realização das obras, a administração municipal não se manifestou até a publicação da matéria. O proprietário da Orkan Construtora também foi procurado, mas também não se pronunciou.

Placa na entrada anuncia contratação de mão de obra (Foto: Alex Machado)
Placa na entrada anuncia contratação de mão de obra (Foto: Alex Machado)

“Ficha suja” – Recentemente, a Orkan Construtora, responsável pelas obras no parque, rompeu contrato com o Executivo municipal, após o não cumprimento de prazo na obra do Centro de Belas Artes. A resolução foi publicada no Diogrande no dia 29 de agosto.

A empresa sequer iniciou os trabalhos previstos no edital e a segunda colocada no certame foi chamada para a conclusão. Com a rescisão, a Orkan foi multada em 2% sobre o valor do contrato, que era de mais R$ 4 milhões. Além disso, a empresa foi impedida de firmar novos contratos com a administração pública pelo prazo de 6 meses.

Histórico - A área de mais de 250 mil m², onde o parque está instalado, conta com uma grande área verde, três lagos, trilha, estações de alongamento, um playground e um anfiteatro. Após inauguração em 2008, o espaço foi doado ao município pelo grupo Alphaville, como compensação ambiental pela construção do condomínio de luxo que fica ao lado.

O espaço, que deveria servir moradores de pelo menos 12 bairros, foi fechado. Desde então, inúmeras promessas de reabertura foram feitas, mas nunca se concretizaram. Atualmente, o espaço abriga apenas o projeto Florestinha da PMA (Polícia Militar Ambiental).

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