Pausa de quem trabalha no comércio é com “um olho no telão e outro no prato”
Brasil enfrenta Suíça nesta terça-feira
Em Campo Grande, torcedores se mobilizaram cedo para assistir ao segundo jogo da Seleção na Copa do Mundo de 2022, disputada no Catar. Por volta das 11h, alguns estavam no restaurante do Sesc, na Avenida Afonso Pena, onde foi montado um telão para que as pessoas assistissem à partida enquanto almoçavam.
Quando o apito marcou o início da partida contra a Suíça, pelo Grupo G, cerca de 70 pessoas ocupavam o local. Muitos vestiram as cores verde e amarelo e estavam com os olhos vidrados na televisão e telão no local, embora alguns nem prestassem atenção.
O servidor público Marcos Vinícius, de 54 anos, arrisca o placar de 4 a 1 para os brasileiros. Mesmo vascaíno, ele tem Vinícius Jr. como o jogador favorito desta Copa e acredita que fará uma boa dupla com o atacante Richarlison.
"Almoço aqui sempre, por ser perto do trabalho e aproveitei pra vir assistir ao jogo. Mesmo sem o Neymar, acho que a Seleção vai vencer. Acho que o time joga melhor sem ele, sem pressão, mais solto", opina. Neymar foi cortado desta partida por lesão no tornozelo. Ele é uma das dúvidas para os próximos jogos.
O técnico de informática Jean Ferrari, de 28 anos, torce para o São Paulo, mas costuma acompanhar mais os jogos de futebol da Europa. Ele também tem o atacante Vinícius Jr. como jogador favorito desta Copa, e arrisca um placar menos elástico, de 2 a 1.
"Acho que o time vai ir bem mesmo sem Neymar, não é que nem 2014 ou 2018. Essa Seleção esta muito forte. É um time muito bom. Estou esperançoso, confiante", disse.
Vestindo a camisa da Seleção, a motorista de aplicativo Luciana Ramos, de 27 anos, comenta que não vai assistir ao primeiro tempo do jogo desta terça-feira (28), porque teve de gastar R$ 200 para remendar dois pneus do carro, que furaram justamente hoje, e precisa fazer corridas para garantir o dinheiro. "Fiquei no prejuízo, vou continuar correndo e só assistir o segundo tempo".
Na avaliação dela, que já era motorista durante o último mundial, este ano está mais movimentado, especialmente na região central. "Ano passado eu fiz nos bairros só e tava tranquilo. Agora, o Centro tá uma loucura, todo mundo querendo entrar na frente pra ver o jogo”, finalizou.