Pela quinta vez, paciente tem cirurgia desmarcada na Santa Casa
Adolescente tem que fazer cirurgia na mama e no coração
Pela quinta vez em um ano a jovem Karla Millena Prates Farias, de 17 anos, teve sua cirurgia desmarcada na Santa Casa de Campo Grande. Nesta quarta-feira (11), o maior hospital público do Estado, suspendeu as cirurgias eletivas.
A justificativa do hospital desta vez é o grande número de pacientes que necessitam ser submetidos a procedimentos cirúrgicos de urgência e a falta de salas para cirurgia. Das 11 salas, quatro foram transformadas em CTI (Centro de Terapia Intensiva) Cardíaco, pois a ala destinada aos pacientes cardíacos passa por reformas.
Karla precisa fazer uma cirurgia em uma das mamas e no coração. Ela mora com a mãe, Eliane da Silva Prates, em Corumbá, cidade distante 426 quilômetros de Campo Grande. As duas estão hospedadas em uma pousada na Avenida Mato Grosso, próxima do hospital.
De acordo com Eliane, só no mês de abril a cirurgia foi desmarcada três vezes. “Nós estivemos aqui no dia 4, no dia 18, no dia 29 e todas às vezes foram desmarcadas”, reclamou.
“Desta vez falaram que tinha muita gente ferida, com fratura exposta e, que por conta disso, não poderiam fazer a cirurgia da minha filha”, relatou.
A mãe reclama que faz um ano que vem a Campo Grande tentar a realização da cirurgia da filha. “A gente mora longe, tem que falta emprego e vem aqui e eles desmarcam Isso é um absurdo”, disse.
A adolescente volta amanhã para Corumbá com a mãe sem conseguir fazer a cirurgia. Ela aguarda um novo contado do hospital para remarcar o procedimento.
A suspensão das cirurgias de hoje afeta 18 pacientes.