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Perícia pede e entrega de exames sobre morte de Gabrielly fica para janeiro

A briga entre a menina e a colega de sala, de 9 anos, teria começado dentro da escola e chegado a rua após a saída das meninas da aula, no dia 29 de novembro

Geisy Garnes | 27/12/2018 16:34
A menina Gabrielly morreu no dia 6 de dezembro, na Santa Casa de Campo Grande. (Foto: Arquivo Pessoal
A menina Gabrielly morreu no dia 6 de dezembro, na Santa Casa de Campo Grande. (Foto: Arquivo Pessoal

Perícia responsável pelos laudos sobre a morte da menina Gabrielly Ximenes Souza, de 10 anos, pediu à justiça a prorrogação para entrega de alguns exames essenciais à investigação. Agora, os resultados devem ser repassados para a polícia em janeiro.

A menina fazia o 4º ano do ensino fundamental na escola Lino Villachá, no Bairro Nova Lima, e morreu na Santa Casa de Campo Grande uma semana depois de se envolver em briga com uma colega de sala, de 9 anos, a cem metros do local onde estudava.

Segundo a delegada Ariene Murad, responsável pelo caso, o perito pediu o novo prazo para os exames laboratoriais, que agora devem ser entregue no dia 26 de janeiro. A polícia espera os resultados da perícia para concluir o caso e divulgar informações como a possível participação de outras duas adolescentes de 13 anos na briga.

Ao Campo Grande News, Ariene detalhou que os laudos são importantes para esclarecerem se as agressões que a criança sofreu durante a confusão resultaram, de alguma maneira, na morte dela. Na linguagem técnica, é preciso saber se há “nexo causal” entre a agressão sofrida, a piora do estado de saúde e a morte.

O diagnóstico para a morte da menina foi de “artrite séptica”, uma infecção que atinge articulações e pode ser provocada por bactérias e até vírus. A doença foi identificada no quadril de Gabrielly na segunda vez que ela foi levada para a Santa Casa, no dia 4 de dezembro, depois de passar pela UPA (Unidade de Pronto Atendimento Coronel Antonino) e pelo CEM (Centro Especializado Municipal).

No hospital, a situação evoluiu e a menina teve “tromboembolia”, que atinge os pulmões. Com a piora no estado de saúde, ela sofreu quatro paradas cardiorrespiratórias e morreu na manhã do dia 6 de dezembro.

Ao longo das investigações mais de 16 pessoas foram ouvidas. O atendimento de saúde recebido pela estudante também é alvo de investigação.

Entenda - A briga entre Gabrielly e a colega de sala, de 9 anos, teria começado dentro da escola e chegado a rua após a saída das meninas da aula, no dia 29 de novembro.

Para a polícia, a menina de 9 anos confessou ter agredido a vítima sozinha, com “três mochiladas”. Após as agressões, a menina caiu, sentiu dores muito fortes no quadril, teve ajuda de um rapaz na rua, foi andando para uma marquise, pois chovia na hora, onde aguardou “deitadinha” o socorro do Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência).

Ao contrário do depoimento, a família de Gabrielly afirmou que a confusão envolveu outras duas adolescentes.

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