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Capital

PF encontra central da fraude do auxílio emergencial em Campo Grande

Operação deflagrada em MS e mais 13 estados cumpre mandados contra grupo que fraudava auxílio emergencial

Silvia Frias | 10/12/2020 07:51
Material apreendido em escritório em Campo Grande (Foto/Reprodução)
Material apreendido em escritório em Campo Grande (Foto/Reprodução)

A Operação Segunda Parcela, da PF (Polícia Federal) cumpre 6 mandados de busca e apreensão em Campo Grande. Em um deles, os policiais encontraram escritório em que documentos eram fraudados para garantir o pagamento do auxílio emergencial.

No País, foram bloqueados R$ 650 mil em diversas contas, referente repasses fraudados.

Em Campo Grande, já foram apreendidos cartões e documentos em branco de CNH (Carteira Nacional de Habilitação), além de cheques preenchidos, cartões crédito de várias bandeiras e documentos com extrato do pagamento do benefício concedido pelo governo federal.

No total, a operação cumpre 42 mandados de busca e apreensão, 7 mandados de prisão e 13 de sequestro de bens em MS e mais 13 estados (SP, RJ, PB, ES, BA, SC, TO, PR, GO, MG, RS, MA e PI). Em Campo Grande, os mandados estão sendo cumpridos por 25 policiais federais, em ação que tem apoio de equipe de Presidente Dutra (MA).

No País, foi determinado o bloqueio valores de até R$ 650 mil em diversas contas que receberam benefícios fraudados. No viés preventivo a Estratégia Integrada de Atuação contra as Fraudes ao Auxílio Emergencial detectou e bloqueou/cancelou o cadastramento de 3.823.841 (três milhões e oitocentos e vinte e três mil e oitocentos e quarenta e um reais) pedidos irregulares.

Segundo a PF, deixaram de sair indevidamente dos cofres públicos, no mínimo, R$ 2,3 bilhões, se considerando apenas o pagamento de uma parcela de R$ 600,00.

As medidas são parte de uma Estratégia Integrada de Atuação contra as Fraudes ao Auxílio Emergencial (EIAFAE), da qual participam a Polícia Federal, o Ministério Público Federal (MPF) o Ministério da Cidadania (MCid), a CAIXA, a Receita Federal (RF), a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU), para identificar a ocorrência de fraudes massivas e desarticular a atuação de organizações criminosas.

Quase 1 bilhão no País - Em agosto deste ano, a CGU (Controladoria-Geral da União) já havia detectado o pagamento irregular do auxílio emergencial a 6.383 servidores de Mato Grosso do Sul, com rombo de R$ 8,9 milhões nas contas federais.

No Brasil inteiro, a conta com os benefícios irregulares se aproxima de R$ 1 bilhão, sendo exatos R$ 981.712.800,00 para 680.564 agentes públicos.

O órgão fez o cruzamentos de informações do benefício com outros bancos de dados da União. Em Mato Grosso do Sul, o diagnóstico foi feito em parceria com a CGE (Controladoria-Geral do Estado) e TCE (Tribunal de Contas do Estado).


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